D. LEÇA BALIO - 3 x S.C.S. 08 - 3 : 5.ª Jornada
GR - 1 - Rui Alves
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Eládio (Capitão)
DC - 4 - Zé Maia
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Monteiro
MC - 7 - Fábio
AC - 8 - Pedrinho
MD - 9 - Gonçalo
AC - 10 - Quim Simões
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
6' Quim Simões
14' Quim Simões
78' Fernando Almeida

Subs:
57' 15 - Artur por 9 - Gonçalo
65' 16 - Fernando Almeida por 11 - Carminé
84' 17 - Diogo Preto por 8 - Pedrinho

Suplentes não utilizados: Freitas, César, Samuel, Tó-Zé

Nem a ameaça de chuva impediu a enchente de salgueiristas que, a 5€ por cabeça, encheram a bancada e os cofres do Leça do Balio.
Na equipa titular Pedro Reis optou por Fábio (saindo F. Almeida) ao lado de Monteiro e colocou Pedrinho na frente (saindo Tó-Zé) fazendo dupla com Quim Simões. De resto tudo igual, mantendo o modelo de 4-4-2, que muitas vezes até é mais um 4-2-4, dado o constante adiantamento dos alas.
O jogo começou de feição ao Salgueiros, com Quim Simões a receber um passe longo e a ser carregado. Saíu amarelo para o central Paulão e Carminé bateu o livre por cima.
Pouco depois Passos eliminou um ataque adversário com uma carga de ombro arriscada dentro da área, que apesar de poucos protestos pelo jogador carregado, poderia ter tido outra interpretação.
O 0x1 chegou cedo, ao mesmo minuto da semana anterior, o 6.º. Após passe da zona central, Passos serviu Quim Simões que se adiantou ao defesa e foi carregado pelas costas. Penalti e apenas cartão amarelo, apesar do avançado do Salgueiros ir isolado para a baliza. O mesmo Quim Simões bateu colocado e rasteiro, fazendo o seu 3.º golo da época.
O futebol do Salgueiros mostrava uma faceta que se manteve durante todo o encontro, com passes longos procurando que Quim Simões ganhasse as costas aos defesas contrários.
O árbitro iniciava o jogo também dando demasiado nas vistas, e depois dos dois amarelos aos centrais do Leça, aproveitou a primeira oportunidade para amarelar também Monteiro, aparentemente por palavras após uma falta a meio campo. Tudo o que fosse contacto resultava em faltas, tirando algum ritmo ao jogo.
Aos 9’ e 11’ após duas bolas paradas, o Salgueiros denotou de novo uma das dificuldades desta época, não conseguindo evitar que o Leça criasse bastante perigo em dois livres de zona lateral, jogadas em que a equipa não conseguiu cortar a bola pelo ar.
Passado esse momento, numa das jogadas típicas do encontro , Fábio colocou em Quim Simões, que de zona lateral, dominou de peito e fez um chapéu monumental para o poste mais distante, tornando-se assim o melhor marcador da equipa com 4 golos.
Era um bom início e parecia que seria desta que o Salgueiros teria um jogo mais descansado, mas aos 22’, em posição semelhante aos outros dois livres anteriores, o jogador do Leça enganou Rui Alves e bateu directo quando se esperava um cruzamento, ficando a ideia que o guardião salgueirista poderia ter feito mais.
E novamente uma história repetida aconteceu, com a equipa a acusar animicamente o golo sofrido e a deixar o seu jogo desorganizar-se. Até ao intervalo só aos 28’ conseguiu o Salgueiros criar perigo, com um livre directo de Carminé que depois de desviar na barreira, permitiu ao guarda-redes do Leça uma grande defesa, conseguindo com um excelente golpe de rins defender a bola junto à barra.
Entretanto, o árbitro da partida ia alterando o seu critério disciplinar, e poupou pelo menos por 2 vezes o segundo amarelo ao central do Leça, que tinha visto o primeiro ao 6’.

A 1 minuto do intervalo chegou o disparate da tarde. Após um corte de Eládio, o jogador do Leça chega depois com o pé por cima e de sola - após cortar a bola Eládio acaba por lhe tocar na sola. Sem ninguém imaginar o que ai vinha, o árbitro apita e espera-se a marcação de jogo perigoso contra o Leça…. Mas não, o árbitro assinalou ao contrário, e o jogador do Leça fez o seu papel desatando aos gritos.
Ora como o caricato do lance o merece, vejamos:
- se Eládio cortou a bola (sem saltar, sem jogar de sola, sem levantar o pé…), e o contacto foi depois de jogar a bola, à qual chegou primeiro, não havia nada a marcar e o correcto seria deixar o jogo seguir;
- a marcar alguma coisa, seria o jogo perigoso de quem não tocou na bola e entrou com o pé por cima: o jogador do Leça;
- se na cabeça do árbitro foi falta do Eládio, então ai teria era que marcar grande penalidade, porque jogo perigoso com contacto deve ser sancionado com livre directo e não indirecto.
Na recarga ao “livre indirecto”, que primeiro foi à barreira de 9 jogadores do Salgueiros, o Leça do Balio faz o empate e consegue sair para o intervalo empatado.
Naturalmente que o ambiente nas bancadas degradou-se por completo, com a indignação dos adeptos do Salgueiros.

Logo a abrir a segunda parte, Pedrinho pediu penalti após ser prensado entre dois jogadores bem dentro da área, numa jogada que deixa dúvidas.
O Salgueiros entrava claramente a carregar, com cruzamentos sucessivos, quer de cantos quer de livres laterais ou jogadas corridas.
Antes dos 60’, após livre da direita e desvio de cabeça de Pedrinho o central tocou a bola com a mão dentro da área. Se Pedrinho não tivesse tocado seria grande penalidade sem dúvidas, assim pode defender-se que o desvio de Pedrinho evitou que o defesa Paulão desviasse a mão. No entanto, vendo o vídeo vê-se que a trajectória da bola não mudou… e estava Quim Simões na pequena área em condições de marcar. Não esquecendo também que este central já tinha cartão amarelo desde o início do jogo.
Aos 61’ após canto na direita de Carminé de novo Pedrinho mostrou que a sua estatura não o impede de ser perigoso nestes lances, cabeceando à barra. Logo a seguir após cruzamento de Passos, Quim Simões falhou o remate enganado por um defesa que se cruzou à sua frente, numa posição muito privilegiada junto à marca de penalti.
À medida que o Salgueiros carregava os jogadores do Leça do Balio aproveitavam todas as oportunidades para gritar (bem alto) e cair, acumulando-se assistências em campo a durarem 1 ou 2 minutos, sem que nem por uma vez o árbitro apressasse os jogadores. Isto foi-se passando até o Salgueiros marcar de novo, chegando ao absurdo do árbitro permitir uma assistência a um jogador que se queixava da zona do peito, e estava em pé a 10 metros da linha lateral: ao invés de o fazer sair, o árbitro parou o jogo e permitiu até que fosse assistido dentro do campo. Exactamente as mesmas perdas de tempos com a complacência do árbitro nas substituições, demonstrando o Leça do Balio a sua enorme felicidade pelo pontinho que tentava garantir.
Aos 69’, e após a defesa do Salgueiros não conseguir despachar a bola da área em 3 ocasiões, um jogador do Leça acabou por ter uma oportunidade de rematar dentro da área mas atirou ao lado.
Finalmente aos 78’, chegou o 2x3. A jogada a iniciou-se em Artur, que tinha entrado bem para o lugar de Gonçalo e melhorado o futebol pelo flanco esquerdo da equipa. O ala salgueirista temporizou e arranjou espaço para cruzar de pé esquerdo, com o guarda-redes do Leça a defender para o centro da área onde Fernando Almeida fuzilou de primeira, desempatando o encontro.
Evidentemente que pararam os gritos e o anti-jogo do Leça que avançou no terreno, tendo o Salgueiros deixado encostar-se um pouco atrás, não conseguindo posse de bola no meio campo adversário, como se impunha. Para tal, também ajudou o critério de faltas marcadas neste momento do encontro, quase sempre viradas no sentido da mesma baliza.
Aos 88’ Eládio cortou in extremis uma jogada de muito perigo já dentro da área, sendo que no canto seguinte de novo o Leça esteve perto de marcar.
O árbitro brilhava de novo ao por 2 ou 3 vezes ter alertado Rui Alves para bater os pontapés de baliza mais rapidamente… sendo o primeiro momento do jogo que demonstrava pressa.
Já durante os 6 minutos de desconto, após mais outra falta duvidosa assinalada a Fábio, de muito longe, contando com uma barreira que não se manteve sólida e um momento de desinspiração de Rui Alves, surgiu o empate. Fica o mérito do jogador que coloca a bola na gaveta, mas a noção que o ângulo protegido pelo guarda-redes nunca pode ser batido em circunstância semelhante.
Mesmo, mesmo no final e após um canto na direita, primeiro foi Eládio quem rematou, depois F. Almeida tocou de calcanhar e foi Artur que finalmente quase marcou, sendo a bola cortada de forma aguerrida por um defesa do Leça, após remate já na pequena área.

Acabava o jogo com muitos protestos, com Rui Alves a sair notoriamente consternado, assumindo a sua responsabilidade no jogo e pedindo desculpa à assistência salgueirista. Atitude nobre do jogador salgueirista, mas que não se justifica, porque os salgueiristas não se esquecem das exibições de Rui Alves nos restantes 4 jogos.
O Salgueiros sai desta jornada com um sabor amargo na boca e com sérias razões para se queixar de uma arbitragem desequilibrada.
Em termos de jogo há elementos que continuam a ter que merecer melhorias como a atitude da equipa quando sofre um golo (aparenta ser um problema de força mental e maturidade mais de que outra coisa qualquer) e a defesa de lances de bola parada (a baixa estatura de meia equipa não deverá ser alheia a esta dificuldade).
A realidade é que a postura da equipa na segunda parte foi boa e até avassaladora a espaços, até conseguir retomar a vantagem. Ai faltou capacidade de segurar o resultado, tranquilidade e segurança a defender e até um pouco de matreirice, para dar ao Leça do Balio um pouco do seu próprio veneno.
Além do óbvio destaque de Quim Simões, por um golo excepcional e mais um jogo de trabalho ofensivo incansável, tem que se saudar a exibição de Monteiro. Foi o primeiro jogo de grande nível desta época e fez lembrar os seus melhores da época passada. Incansável a defender, saltou, fez cortes de carrinho, passou sempre bem e fácil, e ainda teve o discernimento de não dar desculpa ao árbitro para lhe mostrar um segundo amarelo na 2.ª parte, o que se podia temer pelo fulgor e entrega com que estava no jogo e pelo ambiente criado no final da primeira parte.
6 Respostas
  1. damas73 Says:

    podiamos ter sido mais matreiros depois do 3º golo mas nao podemos desesperar.
    penso que foi o nosso melhor jogo da epoca e tenho a certeza que no fim quando fizermos as contas como no ano passado o nosso objetivo vai ser alcançado.
    vamos ja concentrar as nossas forças para o proximo jogo e rezar para que nos toque um arbitro que respeite pelo menos o futebol.
    parabens ao monteiro- grande jogo
    FORÇA SALGUEIROS
    ATE A HONRA SEMPRE COM HONRA
    DAMAS-SCS 08-Nº247


  2. Lena Says:

    Bom jogo do Monteiro
    Gostei do regresso do Artur(esta sempre bem melhor que Gonçalo, na minha opinião); continuo sem entender o porque do Fábio, mas ainda espero que me surprenda, já que é escolha do mister).
    Passos como sempre, fantstico..apesar da carga de ombro ao adversario..lol.Achei o Moreira um pouco inseguro na 1º parte(tb com aquela estaca a atacar)..mas fantastico na 2º parte.Os defesas centrais bem, o Carmine meio apagadito(não se pode estar so a 100%), o simões mt bem... o Pedrito tb este bem.
    Força Equipa!!


  3. Cada um tem a sua opinião,mas realmente não percebo,ou sou eu que não percebo nada de futebol,o Fábio foi simplesmente o melhor em campo,em contrapartida o Passos foi o jogo menos conseguido que vi.
    São opiniões.


  4. Lena Says:

    Se calhar os que se cansam mais ...tipo Passos, tipo CArminé, etc..tenhem direito a jogos que não estejam a 100%. Bolas no ar...lá esta o Monteiro(que é um pouco mais baixo que o Fabio,)...enfim...Como disse se o mister acredita no FAbio é porque tem valor.


  5. Mais uma opinião de quem foi ver o jogo.
    Como já tinha dito uma vez, fico sempre na dúvida se alguns árbitros erram porque são mesmo maus, ou se há alguma maldade intencional por trás das suas decisões. É óbvio que o Salgueiros foi o grande prejudicado por tudo o que aconteceu, mas a quantidade de erros ao longo do jogo foi tanta, muitos sem nexo, que só posso censurar tudo o que aconteceu por não haver um castigo ao árbitro por incompetência grosseira. O "livre indirecto" contra o Salgueiros é de facto uma obra de arte de idiotice.
    Penso que a equipa esteve muito bem em atitude e louvo todos os jogadores do Salgueiros por saberem e sentirem o que é ser Salgueirista, têm a minha admiração. O nosso valoroso guarda-redes merece toda a nossa confiança e não duvido que o trabalho e auto-crítica o vai melhorar a cada jogo que passe. As suas lágrimas no final do jogo são sentidas por todos, são as lágrimas de quem ama o que é.
    Toda esta miudagem que tem sido criticada, tem mostrado que é maior que muita gente e que vai no bom caminho. Temos gente de valor e com várias opções para cada lugar. E claro, quem tem alguém como o Fernando Almeida...


  6. Lena Says:

    REalmente tem razão, são miudos novos mas que estão no bom caminho, e que trabalham imenso durante toda a semana a horas tardias para que o SAlgueiros ganhe e suba mais um patamar. Todos temos os nossos preferidos mas há que louvar o trabalho de todos eles em prol do nosso Salgueiros.
    Força Salgueiros;)
    à vossa união
    à vossa Vitoria
    Salgueiros Salgueiros Salgueiros


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