A.C. BOUGADENSE - 2 x S.C.S. 08 - 3 : 28.ª Jornada
GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Barbosa
DC - 4 - Monteiro (Capitão)
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Nicola
AC - 9 - Heitor
AC - 10 -Quim Simões
ME - 11 - Bessa

Treinador: Pedro Reis

Golos:
45' Rúben
67' Rúben
83' Quim Simões

Subs:
42' 15 - Rúben por 11 - Bessa
62' 17 - Pedrinho por 8 - Nicola
81' 16 - F. Almeida por 7 - Gonçalo

Suplentes não utilizados: Rui Alves, Neto, Figueiredo, Artur
19.º da convocatória: Diogo

Mais uma tarde chuvosa, mais um bilhete de 5€, mais uma bancada vazia e um lado do campo com piso aceitável onde se estar, mas a decisão dos visitados foi encherem os cofres e porem os salgueiristas a “pastar” num canto do campo ensopado, apoiando o Salgueiros com os pézinhos em água.
No onze uma única alteração, com a saída de Carminé e a entrada de Bessa para a ala esquerda, com o 4-4-2 que vai flutuando entre o modelo clássico e o desenho em losango, nesta semana bem mais próximo desta segunda alternativa.

O jogo começou com Gonçalo a mostrar-se mais número 10, conduzindo muito bem a bola, passando por um defesa e assistindo para Bessa na esquerda, que rematou de primeira muito por cima. Aos 9’ de novo o Salgueiros marcou presença na área adversária com um livre de Passos a descobrir Fábio sozinho do segundo poste, mas a bola a chegar-lhe um pouco alta e para o pé esquerdo evitou que conseguisse finalizar para a baliza. Se deixasse passar a bola provavelmente Bessa teria óptimas condições para marcar.
A chegar aos 15’ o Bougadense equilibrou o jogo e numa sucessão de 3 cantos criou algum perigo, nomeadamente no 2.º onde num remate de ressaca quase marcava, valendo a defesa de Freitas – claramente a defesa da tarde – que numa excelente estirada no chão evitou o golo.
No entanto, mesmo sem o Bougadense pressionar muito ou atacar com grande talento, o Salgueiros mostrava alguma descoordenação no centro da defesa, mesmo em jogadas aparentemente controladas. Numa dessas jogadas, aos 21’, os jogadores do Bougadense reclamaram mão na área de Paulo Barbosa.
A primeira parte ia seguindo com muita luta na disputa de todas as bolas, mas sem se jogar muito bem.
Aos 33’ Passos colocou no flanco direito para Quim Simões que faz um remate (ou seria cruzamento para Heitor?) que saiu com algum perigo, mas por cima da baliza.
No minuto seguinte chegou o balde de água fria, com uma falha no miolo defensivo salgueirista, que permitiu que a bola sobrasse para o avançado do Bougadense que isolado marcou sem dificuldade. Um golo com alguma felicidade no ressalto e fruto de um momento de desconcentração defensiva.
A reacção do Salgueiros não foi muito positiva. A equipa subiu um pouco no terreno mas o máximo que conseguiu fazer fora 2 cruzamentos de muito má qualidade. Atrás, novamente ia surgindo a espaços intranquilidade, como aos 39’ com uma falha de Paulo Barbosa a permitir a um avançado correr sozinho pela direita e ter posição para cruzar, mas ser ter ninguém na área para finalizar. Com o onze titular a não conseguir reagir, Pedro Reis tentou mudar alguma coisa, lançando Rúben no lugar de Bessa, sendo este mesmo a conseguir empatar o jogo aos 43’. Após um livre directo de Heitor que bateu na barreira, a bola sobrou para Nicola que na cara do guarda-redes atirou com estrondo à barra. Após o alívio da defesa, Passos colocou em Nicola que ganhou velocidade e cruzou rasteiro, para Rúben esticar a perna esquerda e marcar o empate. Ao fim de já varias tentativas Pedro Reis via coroada de êxito uma substituição feita em cima do intervalo.
Ainda antes do intervalo um cruzamento de Passos quase encontra finalização com sucesso por Monteiro.

Como já é quase imagem de marca da equipa nos últimos tempos, a segunda parte trouxe desde logo um Salgueiros mais agressivo, acumulando desde cedo oportunidades de golo.
Aos 46’ de fora de área Gonçalo fez um grande remate a que o guardião do Bougadense respondeu com uma grande defesa para canto. Na sequência do mesmo, Fábio cabeceou com muito perigo mas por cima. A terceira oportunidade surgiu num grande contra ataque do Salgueiros, com Rúben a conduzir em velocidade o jogo queimando muitos metros, entregando finalmente a Nicola que cruzou bem para Heitor que rematou de primeira mas à figura.
Infelizmente e quando não seria de prever, o ascendente do Salgueiros é cortado pelo 2.º golo do Bougadense, numa jogada em que a equipa do Salgueiros é apanhada em contra-pé e tentou colocar o avançado em fora de jogo sem sucesso – o passe do meio campo no flanco esquerdo isolou o avançado que rematou sem hipótese de defesa.
Seguiu-se a entrada de Pedrinho para o lugar de Nicola, com o losango do meio campo a ficar composto por Fábio, Rúben, Gonçalo e Pedrinho.
A agressividade da equipa subiu e a intensidade do jogo salgueirista também, com o Bougadense a ser empurrado para trás novamente.
Aos 66’ Monteiro poderia ter marcado, mas cabeceou por cima, após livre marcado por Passos.
Logo a seguir aos 67’, surgiu de novo o empate. A bola é colocada em Quim Simões que aparece liberto no flanco direito dentro da área, assiste Rúben que surgeno centro da área e marca na passada. Um bis mais do que merecido, para um jogador que tem entrado sempre para mexer nos jogos, que traz sempre melhorias significativas na posse de bola da equipa e na concretização de tabelas simples e em progressão. Aliado a isso, um jogador que mostra sempre muita Alma em campo, o que lhe granjeia muito carinho das bancadas.
Aos 70, após passe de Passos na zona central, Gonçalo desfez-se de um adversário e rematou fraco e à figura de pé esquerdo, quando tinha Heitor na área em boa posição a quem poderia ter passado.
Era um período de grande intensidade do Salgueiros, com a equipa colectivamente verdadeiramente empenhada em ir atrás dos 3 pontos, encostando o Bougadense às cordas.
Aos 76’ após grande jogada colectiva com Monteiro, Pedrinho e Rúben a combinarem na direita, este assistiu Fábio que rematou bem e de primeira, mas um pouco por cima. Logo a seguir foi Pedrinho, que novamente entrou muito bem na equipa, a conduzir uma jogada pelo centro e a servir Rúben, que depois de fintar um defesa rematou de pé esquerdo, mas à figura. Via-se em campo um Pedrinho de peito feito e cabeça levantada, a distribuir jogo com eficácia e rapidíssimo nas transições ofensivas, aproximando-se das enormes expectativas que existiam em torno do seu rendimento no início da época.
A última substituição chegou aos 81’, com Gonçalo a sair após uma lesão no ombro, completando mais um jogo de entrega total, sendo o autêntico dínamo da equipa, sendo capaz de fazer dobras aos defesas e na jogada seguinte estar a finalizar na área adversária. Num jogo em que assumiu mais a condução do jogo com bola no pé, posicionando-se como o vértice mais avançado do losango. Espera-se que a lesão seja recuperável com brevidade.
Foi logo a seguir que o recém entrado Fernando Almeida, recebeu de Monteiro no flanco direito e arrancou um cruzamento perfeito, teleguiado à cabeça de Quim Simões que mergulhou para o golo da vitória. Após 5 jogos sem marcar, um jogo com uma assistência e o golo da vitória deverão dar a Quim Simões ânimo redobrado para jogar os últimos 5 jogos do campeonato em nível elevado.
Daí até ao final o Salgueiros geriu o jogo, fazendo alguma perda de tempo propositada e sendo penalizado por isso com alguns cartões. Após algum nervosismo no período inicial após marcar o golo, a equipa tranquilizou-se e melhorou a gestão do jogo até ao final, nunca permitindo ao Bougadense criar perigo. Foi também nos 7’ mais 5 de descontos em que o Salgueiros esteve a ganhar, o único momento do jogo em que a equipa teve algum apoio do público, ainda que incipiente.

Em semana anterior à folga o Salgueiros conquista uma vitória importantíssima, graças a uma grande segunda parte, com algumas exibições individuais de algum destaque, mas essencialmente um colectivo fortíssimo, a acreditar e a lutar pela vitória com uma intensidade tremenda. Se tanto teve que lutar pela vitória a equipa tem que se queixar de si própria e da forma algo permissiva como sofreu dois golos. Em termos de modelo de jogo a equipa vai sofrendo pequenas mutações e neste momento apresenta um futebol pouco flanqueado, sendo notório que surgem poucas bolas cruzadas para a área para aproveitar o futebol aéreo de Heitor. Para compensar naturalmente as iniciativas de jogo interior e em progressão pela zona central aumentam, e o lançamento de Pedrinho e Rúben no meio campo nos últimos jogos tem lançado a confusão geral na organização defensiva adversária, em momentos que o Salgueiros também arrisca tudo e aposta com muito risco na vitória. Veremos como evolui este modelo de jogo daqui para a frente.
Ficam a faltar 5 finais e mesmo à condição (com mais 2 jogos), o Salgueiros volta a ser 1.º.
1 Response
  1. RF3 Says:

    De realçar o ENORME jogo do moreira e do pedrinho e do ruben, o moreira e o pedrinho se assim o quizerem e trabalharem para isso,tem pes para jogar em patamares muito superiores, o pedrinho e grande craque!!!


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