II Divisão Distrital da Associação de Futebol do Porto
16:00h, 26 de Abril de 2009
Complexo Desportivo da Senhora da Hora
GR - 1 - Miguel
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Renato
DC - 4 - Figueiredo
DE - 5 - Rochinha
MC - 6 - Monteiro (capitão)
MC - 7 - Fernando Almeida
MD - 8 - Alex
AC - 9 - Heitor
MC - 10 - Rui Lima
ME - 11 - Carminé
Treinador: Pedro Reis
Golos:
31' Rui Lima
37' Rui Lima
71' Heitor
Subs:
82' 15 - Rúben por 8 - Alex
90' + 2 - 14 - Eládio por 4 - Figueiredo
90' + 2 - 16 - Mário por 6 - Monteiro
Suplentes não utilizados: Igor, Almeida, Olavo, Pedro Teixeira
16:00h, 26 de Abril de 2009
Complexo Desportivo da Senhora da Hora
GR - 1 - Miguel
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Renato
DC - 4 - Figueiredo
DE - 5 - Rochinha
MC - 6 - Monteiro (capitão)
MC - 7 - Fernando Almeida
MD - 8 - Alex
AC - 9 - Heitor
MC - 10 - Rui Lima
ME - 11 - Carminé
Treinador: Pedro Reis
Golos:
31' Rui Lima
37' Rui Lima
71' Heitor
Subs:
82' 15 - Rúben por 8 - Alex
90' + 2 - 14 - Eládio por 4 - Figueiredo
90' + 2 - 16 - Mário por 6 - Monteiro
Suplentes não utilizados: Igor, Almeida, Olavo, Pedro Teixeira
Uma tarde que se esperava de festa acabou em arraial. Uma assistência recorde no Sra. da Hora talvez com mais de 4000 salgueiristas apinhados para festejar - e festejaram.
Em termos de equipa Pedro Reis optou por devolver o lugar a Renato depois do castigo e remeter Eládio ao banco de suplentes, mantendo tudo o resto inalterável incluindo a posição recuada de Fernando Almeida e a posição adiantada de Rui Lima.
O jogo todo ficou marcado tecnicamente pelo vento de orientação algo imprevisível que se fez sentir durante todo o jogo, o que tornou passes longos quase impossíveis de executar, bem como imensos erros no domínio de bola. À imagem da semana passada o Salgueiros entrou bem subido no terreno, a pressionar logo a equipa do Cruz no seu 1.º terço do terreno. Esta pressão aliada ao intenso vento tornou o jogo do Cruz muito pobre – sempre que cortavam a bola tentavam colocar na frente mas invariavelmente a mesma saia directa para fora, muitas vezes sem tão pouco passar o meio campo, e não poucas vezes inclusivamente a sair do Campo. Como em construção de bola corrida o Salgueiros não facilitava espaços ao Cruz, durante a primeira parte quase nenhumas vezes Miguel tocou na bola, com excepção de 2 ou 3 cantos. No entanto, em termos de duelos e disputas de bola, o Cruz mostrava uma agressividade muito positiva, entregando-se a cada disputa de bola com total entrega.
No ataque o Salgueiros também ia sentido dificuldades com o vento. Muitos cruzamentos e tentativas de mudança de flanco saíram mal dirigidas. O primeiro sinal de muito perigo chegou aos 7’, com Heitor a avançar para uma bola esquecida, parada ainda longe da área e de primeira rematou de forma portentosa à barra. No seguimento da jogada ainda teve nova hipótese de remate que saiu pouco por cima.
Aos 21’ foi a vez de Rui Lima efectuar um bom remate, mas à figura, seguindo-se uma jogada com uma bom cruzamento da direita de Carminé para Alex, que já dentro da área descaído pela esquerda, ganhou espaço a um defesa e tentou colocar ao poste mais distante, com o guarda-redes a fazer uma boa defesa.
Numa situação limite de fora de jogo, aos 24’, Heitor apareceu isolado e disputou a bola com o guarda-redes já fora da área. A bola ‘trilhada’ entre os dois sobrou para Rui Lima que de baliza aberta – como Heitor ainda teve tempo de sinalizar ao companheiro – atirou ao lado de forma difícil de acreditar. O crescendo do Salgueiros era notório e só faltava o golo. Aos 27’ Heitor marcou um livre directo quase em cima da linha de grande área, para a defesa da tarde do guarda-redes do Cruz – uma defesa muito difícil tendo em conta que só tinha possibilidade de ver a bola já depois desta passar a barreira.
No ataque do Salgueiros existia imensa mobilidade, com Carminé, Heitor, Rui Lima e Alex sempre a tentarem fugir das posições teóricas que ocupavam no desenho táctico da equipa, com Alex a flectir do flanco para o centro, Rui Lima a sair de traz e a aparecer em zonas de finalização e Heitor a tentar por vezes sair da posição de ponta de lança para receber nas alas. Essa mobilidade dificultava imenso o trabalho à defesa do Cruz. Atrás deste quarteto Monteiro e Fernando Almeida eram autênticos ‘sapadores’, tentando - e quase sempre conseguindo - ‘matar’ todo o jogo do Cruz ainda em fases incipientes de construção.
A superioridade do Salgueiros foi finalmente premiada aos 31’, com bom trabalho de Alex à entrada de área que passou a meia altura para Heitor que com técnica irrepreensível deixou a bola a saltar para Rui Lima ‘fuzilar’ de primeira, de pé esquerdo. O guarda-redes ainda tocou mas não conseguiu evitar o golo dada a força do remate.
A festa soltou-se ainda mais quando aos 37’ Rui Lima bisou, respondendo a um cruzamento de Carminé da esquerda, com um desvio ao primeiro poste com a parte exterior do pé em jeito de toque de calcanhar – ‘finesse’ técnica que deixou batido o guardião adversário que tentava fechar o ângulo da baliza como podia.
Como tinha acontecido anteriormente, Rui Lima teve ainda tempo a mais um falhanço que todos lhe desculparam depois de 2 golos e uma portentosa exibição: depois de um primeiro remate a bola sobrou para ele sem oposição e já na pequena área, mas bastante alta – precipitando-se um pouco tentou tocar a bola por baixo e não dominar, mandando a bola por cima da baliza. Rui Lima acumulava assim dois golos bem difíceis e dois falhanços de golos 'fáceis'.
Chegava o intervalo e parecia que o jogo estaria resolvido, apesar de se temer um pouco o vento contrário da segunda parte. Pior que o vento foi o momento de desconcentração logo aos 2’ da segunda parte, com muita permissividade a permitir uma tabela até ao interior da área do Salgueiros e um remate em jeito colocado junto ao poste a meia altura, sem hipótese de defesa.
A equipa intranquilizou-se nos minutos seguintes e o Cruz cresceu um pouco, naturalmente beneficiando do vento a favor, que já permitia a alguns dos seus lançamentos longos chegarem aos seus avançados.
Ate aos 70’, apesar desta melhor toada do Cruz, a realidade é que o Salgueiros controlou o jogo defensivamente, e Miguel não teve nem uma única hipótese de intervir.
Aos 71’, após livre directo de Fernando Almeida que bateu com estrondo no poste, Alex e Heitor chegaram sozinhos para confirmar o golo na recarga, tendo o n.º 9 apontado o seu 23.º da época. Depois disso já só se pensava da festa final e só houve de novo alguma emoção aos 81’ com uma hipótese flagrante para Heitor. Alex avançou na direita e cruzou para a área, Rui Lima desviou ao 1.º poste de cabeça para Heitor surgir ao segundo e tentou colocar em jeito, com o guarda-redes a defender com o pé, com alguma felicidade… na sequência do lance Heitor ainda marcou mas o golo foi anulado por fora de jogo.
Em geral um jogo de controlo e segurança do Salgueiros, a demonstrar uma maturidade e um crescimento táctico colectivo assinalável durante a época.
No final soltaram-se as emoções e festejou-se o 1.º lugar que demorou 29 jornadas a atingir e apenas 1 a manter.
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