U.D. VALONGUENSE -1 x S.C.S. 08 - 3 : 6.ª Jornada

GR - 1 - Jorge Matos
DD - 2 - Albertino
DC - 3 - Pereira
DC - 4 - Wilson
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Monteiro
MC - 7 - Gonçalo
MC - 8 - Oliveira
AC - 9 - Lobo
AD - 10 - Berto
AE - 11 - Diogo Preto

Substituições:

57' Saiu Albertino (lesionado) entrou Fábio
71' Saiu Berto entrou Rui João
80' Saiu Diogo Preto entrou Quim Simões

Golos:

32' Berto
55' Monteiro
71' Valonguense
88' Quim Simões


Após o anúncio de uma boa recepção em Valongo e a previsão de uma tarde de sol, previa-se um jogo de futebol com uma boa moldura humana e, quiçá, bem jogado. Um senão: o muito mau estado do relvado.

De facto o estádio quase encheu, o sol apareceu, mas o futebol não foi dos melhores.

O Salgueiros apresentou novidades no 11 inicial, ficando no banco, em relação ao jogo anterior, Quim Simões e Rui João, sendo que Rúben ficou mesmo fora das escolhas de Renato para este jogo. Para estes 3 lugares entrariam Gonçalo, Diogo Preto e Berto.

Com estas alterações, o Salgueiros apresentaria um esquema idêntico ao habitual mas mais perto do 4-4-2, com Gonçalo a aparecer não raras vezes nas alas e Berto a colar-se, muitas vezes, a Lobo.

O jogo não começaria da melhor forma, com muitas bolas pelo ar, nenhum perigo junto das balizas e muitos passes errados, também fruto das irregularidades do relvado.

Aos 15 minutos e na primeira "promessa" de lance de perigo, surge um lance decisivo para o resto da partida. Albertino coloca um passe longo para a corrida de Gonçalo, este começa uma correria ainda antes do meio campo e com larga desvantagem para o seu opositor, mas ganhando-lhe na velocidade. Quando já se aproximava da bola e da grande área adversária é empurrado, impedido de prosseguir. O árbitro, sem qualquer hesitação, expulsa o defesa, e bem.

Após este lance, o jogo manter-se-ia nos mesmos moldes, ou seja, pouco esclarecido. No entanto foi o Valonguense que reagiu à expulsão e bem, com dois lances de relativo perigo. Primeiro aos 21 minutos de livre directo, com remate por cima, e depois, aos 23, em jogada pelo lado direito, com um seu jogador a flectir para o meio e, em boa posição, a rematar ao lado.

O Salgueiros responderia por Gonçalo, após passe de cabeça de Berto. O nosso nº7 isola-se e remata cruzado para defesa difícil, com os pés, do guarda-redes adversário.

Os minutos seguintes traziam de novo um Valonguense por cima no jogo, dominando e tomando a iniciativa de jogo. Com alguns jogadores rápidos, os de Valongo pareciam querer mostrar que, apesar de estarem com menos um elemento, pretendiam lutar pelos 3 pontos.

E se, aos 28 minutos, o Salgueiros teve mais uma boa oportunidade para marcar, quando Gonçalo não consegue o cruzamento para o isolado Lobo, aos 30, de livre, foi o Valonguense a levar mais perigo à baliza adversária. Foi mesmo Jorge Matos o primeiro guarda-redes a ter trabalho neste jogo, com o remate a sair colocado e a obrigar o nosso nº1 a brilhar.

O que desequilibrou o jogo veio no minuto 32. Diogo Preto conduz a bola pela esquerda, ganha no ombro a ombro com o seu adversário, leva até à linha e cruza para Berto fuzilar de cabeça. O Salgueiros adiantava-se no marcador numa altura importante, fazendo a balança pender para o nosso lado.

Até ao intervalo pouco jogo se viu. O Valonguense tentou, através de alguns cruzamentos, levar o perigo à área Salgueirista, conseguindo ainda um remate de cabeça à trave, mas com a bola a estar sempre sob controlo por parte de Jorge Matos.

No segundo tempo pouco se alteraria em termos de qualidade. A entrega era muita, de parte a parte, diga-se, mas a bola andou bastante mal tratada.

E, aos 55 minutos, o primeiro lance de perigo iria dar em golo. Canto do lado esquerdo do ataque Salgueirista, Oliveira cruza para uma cabeçada irrepreensível de Monteiro. Um belo golo do nosso nº6.

Com isto, quase toda a gente pensaria que o jogo estava sentenciado. Poucas oportunidades de golo se viam e poucas jogadas de bom futebol eram construídas, já para não falar novamente na desvantagem numérica do Valonguense.

Só que os de Valongo não desistiram. A luta continuou. O Salgueiros também não adormeceu à sombra do resultado, mas as coisas também não saiam bem. Num livre, aos 64 minutos, o Valonguense deu sinal de perigo, com Jorge Matos a defender como pode, evitando o golo.

O Salgueiros controlava, sem jogar bem. O Valonguense insistia, com jogo directo, para o seu ataque. E, aos 71 minutos, num livre a uns bons 35 metros da baliza Salgueirista, surge o 2-1. Remate forte, colocado, com a bola a entrar perto do ângulo superior direito da baliza de Jorge Matos. O nosso nº1 quase defendeu o remate, tendo como atenuante a potência e colocação do remate, bem como algum efeito que a bola possa ter levado.

O Valonguense ganhou novo ânimo e temia-se, entre os Salgueiristas, que pudessem igualar o jogo. De facto, nos minutos seguintes, conquistariam uma série considerável de cantos e livres perigosos. Nesta altura, quer a defesa, quer o Jorge Matos, foram importantes para travar qualquer intenção dos de Valongo.

A melhor maneira de sossegar os corações de Paranhos seria novo golo. E o recém entrado Quim Simões fez-nos a vontade. Jogada de contra-ataque, Oliveira coloca Quim Simões na frente de um defesa adversário, com o nosso avançado a tira-lo da frente e a rematar rasteiro e colocado para o 3-1 final. Estávamos no minuto 88.

Até final pouco mais houve digno de registo. Foi a única fase em que o Valonguense efectivamente baixou os braços. O Salgueiros nunca o fez.

Num jogo de fraco nível, valeu a entrega de ambas as equipas. Muita bola pelo ar, muitos passes errados, poucas oportunidades de golo, mas muita vontade.

Ao Valonguense temos que dar o mérito de lutar de igual para igual com menos um jogador desde os 15 minutos.

O Salgueiros também se apresentou com uma boa atitude perante o jogo, embora não conseguindo ser muito superior no jogo jogado. A defesa, guarda-redes incluído, apresentou-se em bom nível, como tem sido habitual. O meio campo não se conseguiu impor, nem ligar-se ao ataque de forma eficaz. Disso se ressentiu Lobo, jogando 90 minutos sem ter tido uma oportunidade para rematar à baliza.

Apesar disso, qualquer um dos médios do Salgueiros teve bons momentos e momentos decisivos no jogo. Assim como os extremos. Senão vejamos: Monteiro marcou um golo, Oliveira fez 2 assistências para golo, Gonçalo "expulsou" um adversário, Diogo Preto fez 1 assistência para golo, Berto marcou um golo e Quim Simões outro.

Resumindo, lutamos e, jogando menos bem, mas em equipa, conseguimos ganhar.

(Crónica por Rui Cabral)
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