

GR - 1 - Jorge Matos
DD - 2 - Albertino
DC - 3 - Pereira
DC - 4 - Wilson
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Monteiro
MD - 7 - Gonçalo
MC - 8 - Oliveira
AC - 9 - Lobo
AC - 10 - Berto
ME - 11 - Diogo Preto
Treinador: Renato Assunção
Substituições:
31' Saiu Berto entrou Rui João
61' Saiu Diogo Preto entrou Rúben
79' Saiu Monteiro entrou Silva
Expulsão:
82' Wilson - vermelho directo
Depois da vitória em Valongo, Renato voltava a apostar no mesmo 11 para o jogo de ontem frente ao Arcozelo. Teoricamente, jogando em casa contra o último, seria uma boa opção jogar com 2 pontas de lança, quase num 4-4-2 clássico, com Berto e Lobo na frente, Diogo e Gonçalo nas alas e Oliveira e Monteiro no miolo.
Só que da teoria à pratica vai um bom passo e cedo se percebeu que as coisas não estavam a sair bem. Os alas deram-se à marcação dos laterais contrários, jogando-se quase em 4-2-4, com Monteiro e Oliveira a terem muitas dificuldades para ter a bola. O jogo directo era uma constante e as perdas de bola também.
Por estes factos, e também pelo descontrolo emocional de Berto (que escapou por um triz a um 2º amarelo), Renato alterou o esquema, fazendo a troca de Berto por Rui João, passando a jogar em 4-3-3, com Rui João e Diogo nas alas, fazendo recuar Gonçalo para o miolo. Foi aos 31 minutos.
Até então, destaque para a perdida do jogo, aos 28 minutos, na melhor jogada do Salgueiros em todo o jogo. Gonçalo faz um passe a rasgar, da direita para a esquerda, para Diogo Preto e este, na esquerda, cruza para lobo, isolado e a pouco mais de 2 metros da linha de golo, rematar muito torto e por cima.
De resto, as melhores jogadas do Salgueiros surgiam pelo lado direito, com Albertino a mostrar grande vitalidade e a combinar bem com os seus companheiros mais próximos, mas sem resultados práticos.
A alteração táctica não veio trazer grandes modificações até ao intervalo, pois apesar de em 4-4-2 não se ter visto bom futebol, em 4-3-3 também não foi o caso. O Arcozelo não colocava grandes dificuldades, mas o Salgueiros também não "apertava" muito com eles.
Aos 42 minutos surgiria a melhor oportunidade em todo o jogo para a equipa de Gaia, num cruzamento da esquerda que vai encontrar um jogador liberto ao 2ºposte. Este cabeceia para a entrada da pequena área e vê um companheiro seu falhar o remate em zona privilegiada.
O 2º tempo trouxe o melhor do Salgueiros no jogo. Entramos pressionantes, com mais vontade de mudar o rumo da partida e a criar perigo.
Logo na primeira jogada, Rui João vai à linha na esquerda, cruza com perigo para Lobo mas o nosso nº9 estava em tarde não e, apertado, não conseguiria a emenda.
No minuto seguinte foi Moreira a cruzar para Lobo chegar atrasado e, para variar um pouco passaríamos para a direita, onde depois seria Albertino a fazer uma das poucas boas jogadas do desafio, combinando com Gonçalo, surgindo o cruzamento para Rui João ver ser-lhe negado o golo por um corte salvador de um defesa contrário.
O Salgueiros insistia, ia ganhando livres no meio campo adversário, mas a finalização não chegava. Oliveira, aos 55 minutos, marcava um livre cruzado para a área, com ninguém a conseguir desviar, para 1 minuto depois, após canto, Pereira em boa posição rematar de cabeça à figura.
A partir daqui, e ainda com cerca de 35 minutos para jogar, baixamos novamente o ritmo de jogo, ou melhor, não conseguimos mantê-lo. Rúben entraria para o lugar de Diogo Preto mas não conseguiu, à semelhança do que vinha fazendo na época passada, trazer alegria ao jogo do Salgueiros.
Aos 71 minutos, expulsão de jogador do Arcozelo por palavras dirigidas ao árbitro, na sequência de uma falta cometida pela sua equipa. Mas, à semelhança do que aconteceu em jogos anteriores, o Salgueiros não capitalizou esta expulsão. Os de Arcozelo continuaram a defender, bem colocados no terreno, e nós a não conseguirmos sufocá-los, como era exigido.
Ainda assim tivemos uma boa oportunidade por Gonçalo, um minuto depois. O nosso nº7 isola-se após passar a bola por cima de um adversário mas permite a defesa do guarda redes.
Aos 79 minutos, o canto do cisne. Não sabíamos ainda, mas seriam as últimas jogadas de perigo do Salgueiros até final. Primeiro em contra ataque, com Rui João a conduzir pela direita, tendo Lobo no meio e Rúben mais atrasado, ambos em boas posições para marcar. Decidiu-se pelo passe para o nº9 e permitiu o corte de um defesa. Do respectivo canto, novamente Rui João a ter uma boa oportunidade para quebrar o nulo, com a bola a sobrar-lhe para um belo remate. O problema é que estava lá o guarda redes para fazer a defesa da tarde.
Até final, se as coisas já estava difíceis, Wilson descontrolou-se após cometer uma falta na área adversária, dizendo algumas palavras duras, talvez para o árbitro, talvez para o adversário... O árbitro entendeu a ofensa como muito grave e expulsou-o com vermelho directo.
10 contra 10, com cerca de 10 minutos para jogar, não conseguimos empurrar o Arcozelo para a sua área. Conseguimos um par de cruzamentos com perigo, mas sem nenhuma finalização que sossegasse os corações Salgueiristas.
Era mais um empate, contra um adversário de fraco nível.
Estamos numa divisão exigente, acho que todos já percebemos. E todos já percebemos também que há equipas com melhores infraestruturas (ou apenas com infraestruturas) e com mais capital para apostar noutros vôos. No entanto, olhando para a qualidade individual dos nossos jogadores e comparando-os com os nossos adversários, não temos ficado atrás de nenhum deles. Muito pelo contrário. Só que a qualidade de jogo não tem correspondido a essa qualidade individual, por norma.
O Arcozelo mostrou muito poucos argumentos para marcar um golo sequer. Nós mostramos mais qualquer coisa, e a haver um vencedor seria o Salgueiros, mas o 0-0 também se aceita, dada a fraca prestação de ambas as equipas. A verdade é que Jorge Matos não teve trabalho, mas não é menos verdade que do outro lado apenas obrigamos o guarda redes a 2 defesas difíceis.
Há que corrigir rapidamente os aspectos menos bons, para podermos partir para um campeonato calmo e seguro, na primeira metade da tabela. Temos potencial, vamos acreditar nele.
(Crónica por Rui Cabral)
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