A.C. FELGUEIRAS - 1 x S.C.S. 08 - 1 : 2.ª Mão Apuramento 3.º/4.º

GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Neto
DC - 4 - Barbosa
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MC - 8 - Pedrinho
AC - 9 - Quim Simões
MD - 10 - Rúben (Capitão)
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
90'+4 Gonçalo

Subs:
57' 18 - Diogo por 4 - Barbosa
81' 17 - Artur por 11 - Caminé
81' 16 - Bessa por 10 - Rúben

Suplentes não utilizados: Rui Alves, César, Figueiredo, Monteiro

Mais uma deslocação em clima já de final época, com muitos salgueiristas a optarem pelo apoio ao pólo aquático a jogar uma final à mesma hora. Nem por isso a equipa deixou de ter apoio, e o campo teve uma bancada lateral bem composta, cada metade por adeptos de um os clubes em contenda.
O Salgueiros apresentava-se outra vez bastante desfalcando, de novo com um jogador lesionado no banco – Monteiro. O onze sofreu duas alterações face à 1.ª mão, com as entradas de Babosa e Quim Simões para as saídas de Monteiro e Diogo.
Em termos de modelo no entanto houve uma ligeira novidade, com a equipa a apresentar praticamente uma defesa a 3, com Barbosa a jogar sempre uns passos à frente de Neto e não ao lado deste, quase como trinco atrás da dupla de médios centro Fábio e Gonçalo.
As condicionantes físicas do jogo para o Salgueiros eram evidentes, com muitos factores que não fariam adivinhar nada de muito positivo: um campo de enormes dimensões, piso duro em terra e um calor algo sufocante. Quando já se nota na equipa algum desgaste físico acumulado, natural em final de época, este não era o cenário ideal para jogar e colocava a vantagem do lado do adversário, perfeitamente adaptado ao campo.

O Salgueiros nem começou mal a partida e por 2 ou 3 vezes Quim Simões ganhou espaço protegento a bola no flanco esquerdo e tentou cruzar após iniciativas individuais. Aos 13', conseguiu mesmo um excelente cruzamento com a bola rasteira para a entrada da área, ao qual Carminé tentou responder com um remate de primeira em jeito, que saiu sem força.
Aos 15' o Felgueiras aproveitou pela primeira vez o modelo defensivo de risco do Salgueiros, conseguindo num contra ataque coloca a bola nas costas de Moreira, com Neto a ter que fazer a dobra deixando um avançado solto na área, que totalmente sozinho rematou por cima.
Logo a seguir num lance meio campo sem bola, Fábio é agredido com um patada de um jogador que estava no chão, lance em que o árbitro nada assinalou
Os minutos seguintes do jogo forem de extrema virilidade, com as disputadas de bola a ganhar alguma dureza excessiva.
Aos 26' numa movimentação muito próxima da que deu o golo ao Felgueiras, este criou de novo perigo mas desta feita Passos dobrou Neto no centro e evitou a finalização do avançado que estava de novo em grande posição paa marcar.
O Salgueiros viu um golo anulado após livre na direita por falta sobre o guarda-redes, que pareceu bem assinalada.
Após um terceiro lance quase igual pelo flanco direito do ataque do Felgueiras, que de novo colocava a defesa do Salgueiros em igualdade numérica com os defesas e a ter que fazer sucessivas dobras, chegou o golo do Felgueiras perto do minuto 40, após uma perda de bola e Barbosa em zona proibida, que o avançado aproveitou bem, rematando cruzado.
Antes de terminar primeira parte chegou a melhor oportunidade para o Salgueiros, com Quim Simões a fazer um grande remate de costas para a baliza a que o guardião adversário respondeu com uma grande defesa.

Chegava-se ao intervalo e percebia-se que de facto o Salgueiros corria muito mas sentia dificuldades com o terrenos para controlar e circular a bola, e por outro lado mantinha os jogadores muito distantes entre si, com dificuldade em ocupar toda a extensão do terreno de jogo de forma eficaz. O Felgueiras correndo e desgastando-se menos , conseguia pelo posicionamento quase sempre superioridade na zona da bola, bem como fazer 4 laces muito semelhantes em que criou enormes desequilíbrios defensivos na equipa do Salgueiros, quase sempre da mesma forma.

Para a segunda parte o Salgueiros veio mais instalado no meio campo adversário e começou a tentar pressionar mais alto.
Aos 52' de ângulo muito fechado no flanco direito, Carminé rematou com força para boa defesa com os pés.
Aos 55' foi o Felgueiras quem criou perigo num canto, com Moreira a salvar o lance perto da linha de golo.
Seguiu-se a saída de Barbosa para entrada de Diogo, que foi fazer dupla na frente com Quim Simões.
A partir desse momento duas coisas distintas sucederam. Por um lado Diogo tornou-se um óptimo apoio a Quim e conseguiu muitas vezes receber passes longos, segurar a bola e distribuir jogo, dando tempo para os médios se aproximarem. A pressão da equipa intensificou-se conquistando imensos cantos e livres perto da área, mas sem conseguir com eles criar grande perigo, tirando uma ou outra excepção..
Atrás os 3 defesas ficaram ainda mais isolados e numa situaçao de risco, mas curiosamente a solidez defensiva do Salgueiros melhorou muito, com uma entre-ajuda entre os três perfeita, com enorme agressividade no corte de lances que poderiam criar imenso perigo. A formula que resultou sempre para o Felgueiras na 1.ª parte era anulada, com os 3 defesas a bascularem na perfeição para a zona da bola. Merece destaque a exibição de Neto, cuja estreia no Salgueiros não tinha decorrido na melhor forma. Se já tinha feito um jogo muito positivo na primeira mão, neste jogo estará estado certamente ao seu melhor nível desde que chegou ao Salgueiros.
Aos 72' Diogo reclamou falta para grande penalidade, aparentemente sem razão.
Após uma óptima iniciativa de Gonçalo pelo centro, aos 75', Pedrinho após ultrapassar um adversário rematou por cima quando estava em grande posição à entrada da área.
Seguiram-se aos 81' duas substituições para refrescar o ataque, com as entradas de Artur e Bessa, e de novo a pressão do Salgueiros intensificou-se, apesar de logo a seguir ser o Felgueiras a criar perigo em jogada de insistência com um jogador a falhar o remate acrobático. Foi o último sinal de ataque do Felgueiras.
A partir daí só deu Salgueiros, com assédio constante à área adversária. Aos 87' um grande passe de Fábio quase isola Quim Simões, que chega à bola 1 segundo mais tarde que o guarda-redes, que saiu bem e com velocidade da baliza.
Aos 89', após recuperação de bola de Artur, Gonçalo avançou pelo centro sem oposição, com os alas do Salgueiros a arrastarem consigo os defesas e a abrir espaço no centro. Ainda uns metros fora da área rematou colocado para grande defesa com o pé.
Já em descontos após canto na direita e um primeiro remate à meia volta de Artur, a bola chegou à pequena área onde estavam sozinhos Diogo e Neto, com este a esticar o pé e a desviar o remate por cima da baliza, deixando os adeptos incrédulos... parecia que já seria impossível tirar alguma coisa do jogo.
Já no último dos 4 minutos dados de desconto (todos os protestos do Felgueiras só se justificam vindos de quem não cronometrou o jogo... dado que o intervalo deve ter tido perto de 20 minutos...) fez-se luz. Um canto de Pedrinho que foi retardado para Freitas se juntar ao ataque, sofreu um primeiro desvio ao primeiro poste e foi direitinho a Gonçalo, que em cima da linha de área rematou de primeira ao ângulo, festejando a seguir como se tivesse ganho a final do Campeonato do Mundo. Um golo merecidíssimo para um lutador incansável durante todo o jogo, correndo kilometros e metendo em todas as disputas de bola uma energia incontida.

Meio minuto depois do golo o jogo terminou e o Salgueiros festejou o empate, até tudo descambar num burburinho imenso junto ao túnel, iniciado por uma tentativa de agressão a Moreira.

Com todas as dificuldades para este jogo, quer em termos de jogadores disponíveis, quer em termos das condições do campo, o resultado é bom.
É também um exemplo do que aconteceu em bastantes jogos deste ano: primeiras partes pouco conseguidas, seguidas de segundas partes demolidoras, nem sempre jogadas com enorme qualidade, mas com entrega sem limites e crer até ao final. Ao fim de uma época inteira já não será só por sorte que o Salgueiros marca tantas vezes perto do final.

O que de facto se dispensava do jogo foi o que sucedeu após o apito final, não beneficiando em nada a imagem dos intervenientes.
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