S.C.S. 08 - 0 x U.D. LAVRENSE - 1 : 33.ª Jornada
GR - 1 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Monteiro
DC - 4 - Figueiredo
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Nicola
AC - 9 - Heitor
AC - 10 - Quim Simões
ME - 11 - Rúben (Capitão)

Treinador: Pedro Reis

Golos:

Subs:
70' 15 - Pedrinho por 8 - Nicola
78' 18 - Artur por 4 - Figueiredo
82' 16 - Diogo por 7 - Gonçalo

Suplentes não utilizados: Rui Alves, Eládio, Rui Lima, Paulo Barbosa

Uma boa casa apesar de não lotada recebeu o jogo que podia manter o Salgueiros a sonhar com o 1.º lugar e o Lavrense a sonhar com o 2.º.
O Salgueiros repetia o onze da jornada anterior e o portentoso grito do grupo antes de iniciar a partida foi premonitório da exibição que se seguiria.

Não tardaram 3’ para o guarda-redes do Lavrense brilhar, após cruzamento de Passos num livre a que Rúben respondeu com uma cabeçada forte mas que saiu à figura. No canto subsequente foi Monteiro quem finalizou quase na pequena área com perigo, para a segunda boa intervenção da figura da tarde do Lavrense.
As movimentações do Salgueiros eram rápidas e com eficácia, e após uma recuperação de bola e subida rápida no terreno com sucessivas trocas de bola, Passos entrou com a bola na área rematando, com a bola a embater na mão do defesa, ficando ideia de ser um lance de bola na mão.
O domínio do Salgueiros era intenso e foi acumulou vários cantos na direita, até aos 15’ onde o Lavrense fez o único remate da primeira parte que obrigou a uma boa defesa de Freitas, feito apesar de tudo ainda bem fora da área do Salgueiros.
Aos 17’ um excelente cruzamento de Moreira apanhou Heitor em fora de jogo, com este a não chegar à bola por muito pouco.
A mais clara oportunidade de golo da 1.ª parte chegou logo a seguir aos 18’, com Gonçalo a colocar por cima da defesa isolando Quim Simões, que algo desequilibrado rematou em volley de primeira, permitindo a terceira defesa aparatosa da tarde, mas facilitada por a bola ir à figura. Como não há duas sem três, na sequência da jogada e após grande combinação, com a bola a passar por Fábio e Rúben a concluir uma grande assistência que coloca Gonçalo quase isolado na linha da área mas em posição lateral para a baliza. Este dominou de peito e rematou com o peito do pé esquerdo mandando a bola a rasar o poste.
Até aos 25’, apesar de não conseguir mais oportunidades claras o Salgueiros continuou a pressão, num período que provavelmente foi o melhor da época em termos de qualidade de jogo. Equipa absolutamente compacta e solidária, pressão asfixiante em cima da linha do meio campo, transições defensivas perfeitas com pressão à zona muito rápida quase sempre a permitir recuperar a posse de bola ainda no meio campo ofensivo. As transições ofensivas eram rápidas e com verticalidade e objectividade, com a qualidade de passe a garantir eficácia na criação de volume de jogo ofensivo em catadupa. A equipa transpirou qualidade táctica neste período e teve como resultado disso 4 ou 5 oportunidades que teriam que render pelo menos um golo, enquanto o adversário apenas fez um remate de longa distância.
Como o golo não apareceu, e com naturalidade porque nenhuma equipa do mundo aguenta um ritmo de pressão intensa durante períodos de jogo muito longos, o Salgueiros aliviou a pressão e o Lavrense conseguiu ter um pouco mais de posse de bola, contando para isso com as saída calmas a jogar dos seus jogadores, tocando de pé para pé já com mais espaço e menos pressionados.
Aos 28’ o Lavrense rematou de novo com algum perigo, mas com a bola saiu ao lado, com Freitas a controlar o lance.
Nova oportunidade de remate para Gonçalo surgiu aos 30’, após jogada prolongada de insistência na área do Lavrense, com assistência final de Rubén para remate muito por cima de Gonçalo.
Aos 36’ Quim Simões fica muito próximo de desviar de cabeça um cruzamento de Rúben, já perto da pequena área onde qualquer toque na bola poderia bater o guarda-redes. 2’ depois Quim Simões pressionou o guarda-redes que quase entregou a bola a Rúben, valendo a intervenção de um defesa.
A 3’ do intervalo surgiu o balde de água fria, com um canto do lado direito do ataque do Lavrense, a encontrar um jogador que se solta da marcação no segundo poste e remata, com a bola a bater no chão e a saltar indo em direcção a outro jogador que desvia de cabeça já quase em cima de Freitas, que ainda toca na bola mas na recarga sofre o golo.
A equipa não vacilou e rapidamente usou os últimos 3’ da primeira parte para continuar a pressionar, mas já em cima do intervalo, após jogada com Quim e Rúben, Heitor teve hipótese de rematar de primeira dentro da área no flanco esquerdo, tentando colocar em jeito ao poste mais distante, com a bola a sair por cima, sendo a jogada anulada por fora de jogo.

A segunda parte trouxe mais do mesmo. Salgueiros sistematicamente a atacar e a falhar oportunidades de golos.
A primeira excelente jogada de envolvimento trouxe a bola do flanco direito ao esquerdo, para Heitor receber na esquerda mas escorregar antes de poder finalizar. Logo a seguir aos 47’, nova combinação de um trio cuja mobilidade sempre lançou a confusão na defesa contrária. Quim recebe no centro e soltou para a esquerda para Heitor, que cruza para a entrada de Rúben que no centro da área acerta mal na bola e atira ao lado. Os mesmos intérpretes protagonizaram a jogada seguinte, com Heitor a assistir Rúben que remata na passada direccionando a bola à base no poste, brilhando pela primeira vez o guarda-redes do Lavrense na segunda parte.
Aos 52’ Heitor isolou Quim Simões que não conseguiu colocar por cima do guarda-redes, que fez uma grande saída da baliza, saindo-se aos pés do avançado do Salgueiros com uma grande rapidez.
Aos 56’ após passar por 2 defesas Quim Simões já com pouco ângulo tentou colocar por cima do guarda-redes mas acabou por colocar a bola nas mãos do guarda-redes.
A pressão do Salgueiros mantinha-se a níveis altíssimos, e o Lavrense percebeu que tinha que começar a fazer algum anti-jogo, o que felizmente foi desde logo contrariado pelo árbitro, o que matou este mal quase à nascença, coisa que já faltou em muitos jogos anteriores.
Aos 57’ Gonçalo colocou em pontapé de bicicleta para o centro da área onde Quim dominou de peito e rematou por cima, com a jogada anulada por fora de jogo.
Aos 63’ Passos galgou pela direita, colocou em Quim no centro que assistiu Heitor. O avançado tentou encher o pé na passada, já dentro da área, mas acertou mal na bola com esta a sair ao lado. Logo a seguir Heitor quase marca após o guarda-redes soltar a bola numa defesa simples.
Aos 68’ após grande jogada de envolvimento, desde o flanco esquerdo ao direito com inflexão de Moreira, Gonçalo rematou cruzado ao lado, com Quim Simões no centro quase a conseguir emendar.
Aos 75’ após um canto, Figueiredo cruzou da direita e encontrou nada mais nada menos que 4 jogadores para finalizar sem oposição, com um primeiro toque de peito de Quim e o último jogador, Fábio, a dominar de peito e a encher o pé com um corte em última instância a impedir o golo. Corte festejado como se fosse um golo pelo jogador do Lavrense.
Aos 78’ Pedrinho assistiu Gonçalo que dentro da área rematou de primeira mas um corte de um defesa impede a bola de ir à baliza.
Com o Salgueiros absolutamente balanceado no ataque, havia muito espaço atrás, ainda mais após o risco total com a saída de Figueiredo para a entrada de Artur, que o Lavrense por vezes tentou aproveitar em contra ataque. Aos 80’ surgiu pela esquerda a melhor oportunidade para o Lavrense, finalizada com um remate muito por cima.
Aos 85’ Heitor assistiu desde a esquerda Pedrinho, que na meia lua rematou forte e cruzado para outra grande defesa do guarda-redes do Lavrense.
Aos 87’ um grande passe de Pedrinho colocou Fábio na cara do guarda-redes que tentou colocar por cima destemas a bola saiu muito alto, já muito pressionado por um defesa.
Logo a seguir Artur cruzou milimetricamente para a entrada de cabeça de Diogo, que marcou um golo anulado por fora de jogo, de forma que deixa imensas dúvidas.
Seguiu-se grande jogada individual de Artur culminada com remate para boa defesa.
Já em descontos Heitor reclamou penalti, com a bola a embater na mão de um defesa e finalmente uma última oportunidade para o Lavrense após uma falha de Moreira que Freitas resolveu com boa defesa.

A equipa saiu sob aplausos e de forma justa. É de facto um cansaço ler o resumo de jogo dada a quantidade de oportunidades de golo criadas pela equipa. Se houve jogo nesta época que o Salgueiros merecia ter ganho foi este, sendo penalizado pela falta de eficácia na concretização. A exibição pode dizer-se que foi quase perfeita. Com 25 minutos iniciais de luxo, uma entrega em 95 minutos inesgotável, uma capacidade física invejável que permitiu manter um jogo inteiro em modo pressionante. Claro que noutro ponto de vista, a falta de eficácia na concretização tem sucedido nos últimos jogos, e não existem exibições perfeitas sem golos. No entanto, ao fim de tantas oportunidades há uma dose de infelicidade inegável, e toda a qualidade de jogo da equipa só merece aplausos.
Dado este inequívoco sinal exibicional só pode haver confiança para a última jornada, sendo que uma exibição semelhante quase que garante a vitória nesse jogo decisivo, como em termos probabilísticos deveria ter garantido contra o Lavrense, ou contra qualquer equipa desta divisão.
5 Respostas
  1. Unknown Says:

    Hoje não vencemos o jogo, por dois motivos :
    1 - Encontramos um guarda redes inspirado que rubricou uma excelente exibição.
    2 - Mais uma vez a inoperancia confrangedora dos nossos atacantes,o que confirma o não terem sido capazes de marcar um golo sequer a duas equipes ( S. Pedro de Rates e Guilhabreu ) que sofreram juntas até á jornada de hoje cento e trinta e três golos, eu repito, cento e trinta e três golos.


  2. treze_08 Says:

    E afinal jogamos com 11. O que seria se tivessemos jogado com 10.


  3. treze_08 Says:
    Este comentário foi removido pelo autor.

  4. Não posso afirmar, no meu intimo, que tenha vindo desiludido ou frustrado do jogo de ontem. É claro que gostaria que tivessemos ganho a partida quer tivessnos sido campeões, mas nestas coisas do futebol, e para mim em particular, o que conta é a realidade, e factualmente o que vale são os números. O Lavra teve uma oportunidade e marcou e o Salgueiros teve u
    mas quantas e não marcou.

    Fiquei satisfeito como o esforço dos NOSSOS RAPAZES, uns estiveram melhor que outros mas posso expressar que todos se esforçaram...só por isso mando-lhes um particular ABRAÇO AMIGO e o meu obrigado por vestirem a camisola do meu clube.
    Se algém pode ter abandonado o Campo da Senhora da hora com desânimo foram vocês mas como sabem a vida também é feita de momentos menos bons e temos uma semana para dar a volta, e com o vosso esforço e a pitada de sorte, que ontem nos faltou, há-de aparecer em Rio Tinto.

    Fiquem descansados que não estarão sós na próxima jornada. Terão o nosso apoio incondional como sempre.


    Saudações Salgueiristas e votos de boa semana
    para todos.

    Artur Gonçalves
    179/4677


  5. Deus Says:

    Boas!
    "Perdeu a melhor equipa em campo"... há dias assim! Por mais que se tente, nada corre bem!
    Mas há que dar os parabéns ao Lavrense, pois jogou bem e o seu guarda-redes impediu que nós saíssemos com pontos, deste jogo.
    Reparei que alguns jogadores do Salgueiros estão a atravessar um momento de menor confiança e acreditam mesmo na "malapata"(azar).
    Mas acreditem no seguinte: o azar acabou há muito tempo, é normalmente "sol de pouca dura" e o que vi no jogo de ontem foi algo excepcional (tirando o fora-de-jogo, já no final, pois de onde estou, pareceu-me que o nosso jogador aparece de trás). A exibição esteve a níveis elevados, os jogadores foram de uma entrega total, concentração estava quase toda lá, mas mesmo que saíssem os jogadores de campo do Lavrense e ficasse apenas o guarda-redes, muito dificilmente marcaríamos.
    Acreditem em vocês!
    Um conselho aos avançados: parece-me que estão a ceder a uma pressão interna de terem que marcar e de terem que "levar a equipa aos ombros". Façam primeiro por se "divertirem em campo", que tudo o resto vai aparecer naturalmente. Estão ambos a pensar em demasia durante o jogo. Vejo-vos demasiadas vezes a abanarem negativamente com a cabeça. Clarifiquem esses pensamentos antes do jogo e durante o mesmo façam por estar o mais "leves" possível. Marcar um golo é do mais difícil que pode existir, mas a alegria que têm (e dão) é 1000x superior a isso.
    Ao nosso meio campo gostaria de ver entreajuda e alguma serenidade. Por sistema têm que ser os mais calmos e ponderados. Cada passe leva uma mensagem de perigo à baliza adversária. Mas há que saber esperar pelo timing do passe. Aguardem que haja um espaço, uma linha recta até ao vosso destinatário e façam somente aí o passe. Façam "parar o tempo" nesse instante se assim for necessário.
    Aos defesas: joguem simples. Não compliquem as situações. Passem a bola entre vós, dentro dos limites das vossas capacidades, tudo que vos obrigar a repensar uma jogada ou finta, vai complicar a situação. Joguem mais apoiados e sobretudo, em altura de inferioridade numérica ou desvantagem no marcador, não demorem a recuperar, nem subam todos. Vi o Moreira a servir de central no final do jogo (falhou lá no final um passe para ele próprio, mas não por displicência, mas por cansaço) o que não pode acontecer.
    A equipa são todos juntos, não cada qual por si. O Salgueiros, para ganhar jogos, tem que funcionar como equipa.
    Aos adeptos... falta fôlego! Houve uma altura no jogo, ainda não estávamos sequer a perder, que o "estádio" emudeceu.
    Juro que consegui ouvir os pássaros a chilrear.
    Assim também não dá!
    Pelo menos não ouvi (onde estava) as "vozes do contra", como é habitual, mas a exibição foi boa, se calhar por isso!
    Equipa, unam-se durante esta semana, pois o próximo jogo podem ter que jogar novamente "contra vocês"... e por muito que custe "combater-nos a nós próprios" terão que sair daquele campo com uma vitória, pois o empate não nos valorizará (embora possa servir os nossos objectivos).
    Entrem com a mesma garra e mesmo que o golo demore, vai aparecer... e quando assim acontecer os outros golos surgem por afinidade.

    Abraço apertado a todos os Salgueiristas!


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