PERAFITA F.C. - 0 x S.C.S. 08 - 1 : 27.ª Jornada
GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Barbosa
DC - 4 - Monteiro (Capitão)
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Nicola
AC - 9 - Heitor
AC - 10 -Quim Simões
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
87' Passos

Subs:
62' 15 - Rúben por 8 - Nicola
62' 17 - Pedrinho por 11 - Carminé
74' 16 - F. Almeida por 7 - Gonçalo

Suplentes não utilizados: Rui Alves, Neto, Rui Lima, Bessa

Começando pelo menos agradável: as condições para assistir ao jogo eram escassas e os 5€ do ingresso davam para optar entre ver guarda-chuvas e cerca de dois terços do campo ou ver o futebol aos quadradinhos colado à rede, em qualquer dos casos sob chuva incessante.
Tendo em conta estas condições será natural que a exactidão desta crónica de jogo possa ser questionada, não havendo o apoio de imagens vídeo gravadas para facilitar a descrição dos momentos mais relevantes do jogo.

O Salgueiros apresentou-se em casa do 4.ª classificado Perafita com o mesmo onze e disposição táctica da jornada anterior.
O terreno estava pesadíssimo e desde cedo o Salgueiros mostrava muitas dificuldades em avançar no terreno, ou mesmo em colocar bolas na frente.

O Perafita começou muito melhor e logo ao 2’ teve a sua mais flagrante oportunidade: após um canto há um jogador coloca na área apanhando a defesa do Salgueiros em contra-pé, encontrando um colega totalmente isolado. Algo deslumbrado com a posição em que estava acabou por parar, e quando tentou fintar Freitas já o fez sem velocidade, com o guarda-redes salgueirista a fazer a mancha perfeita matando o lance. Houve protestos de grande penalidade dos jogadores do Perafita.
Aos 9’ após ganharem de novo a segunda bola o Perafita faz um remate de ressaca perigoso.
Após um grande passe em profundidade para o flanco direito, aos 23’, um avançado do Perafita ganhou a Barbosa em velocidade e conseguiu um excelente cruzamento para dois jogadores que chegavam em situação de finalização, com Freitas a ter que fechar o primeiro poste. Valeu o grande corte de Monteiro na ocasião.
Aos 28’ um jogador do Perafita descaído pelo flanco esquerdo faz um grande remate, que saiu a rasar o ângulo da baliza de Freitas.
Era uma primeira meia hora muito difícil para o Salgueiros, com clara dificuldade em criar situações de ataque: o terreno pesado tornava muito difícil levantar a bola e colocar nos avançados, ao mesmo tempo que uma defesa do Perafita fortíssima fisicamente ia ganhando muitos duelos, na defesa e até no meio campo.
Só aos 30’ o Salgueiros se aproximou da baliza adversária pela 1.ª e única vez na 1.ª parte. Após cruzamento da direita, Heitor recebeu dentro da área de costas para a baliza, aguentou a bola 2 ou 3 segundos à espera de apoio frontal a quem entregar para rematar mas ninguém apareceu. Finalmente tocou para o lado para Carminé que em boa posição mas muito apertado pelo defesa, tocou para a baliza mas a bola saiu ao lado.
Os restantes 15’ da primeira parte foram de fraca qualidade. O Salgueiros parecia ter acertado as marcações e bloqueava as tentativas de ataque do Perafita, mas quer quando tentava jogar mais apoiado ou em jogo mais longo, não tinha sucesso nos processos ofensivos.
Aos 34’ o último sinal de perigo para o Perafita, com um passe muito longo que Monteiro levava controlado, mas a jogada complicou-se quando deixou a bola bater no chão. Esta perdeu altura e o atraso de cabeça para Freitas já saiu curto e o guardião salgueirista teve que se empenhar para conseguir evitar a intercepção de um avançado do Perafita.
3’ após um mau alívio da defesa da casa permitiu a Heitor recuperar a bola em óptima posição, mas perdeu-a quando tentava fintar um defesa e entrar na área.

O início da segunda parte foi o que já é quase imagem de marca desta equipa nos últimos jogos: entrada a todo o gás e rapidamente criação de oportunidades de golo, que nas 1.ª partes parecem impossíveis de aparecer.
Logo aos 47’ uma jogada excelente de futebol colectivo, com Heitor a receber e temporizar na quina da área, solicitando a desmarcação de Carminé. O ala esquerdino arrancou um cruzamento perfeito junto à linha de fundo ao qual Quim Simões respondeu de cabeça, direccionando a bola junto à base do poste, para boa defesa do guarda-redes contrário.
Aos 51’ foi Passos quem cruzou do flanco direito para cabeçada de Heitor em boa posição que saiu à figura.
O Perafita mantinha-se no jogo e ia jogando bolas longas, essencialmente para o flanco esquerdo da defesa salgueirista. Num desses lances, a bola fica dominada por um jogador do Perafita junto à linha lateral – os jogadores do Salgueiros tentam rodeá-lo acabando por fazer 3 contra 1. Com boa técnica o jogador consegue colocar por cima de dois salgueiristas e colocar um companheiro em posição de golo, apesar de com pouco ângulo descaído para a direita. Freitas tentou cobrir o ângulo e o avançado acabou por rematar ao lado, numa óptima posição para fazer golo.
Aos 62’ Pedro Reis apostou na fórmula que teve sucesso na jornada anterior e lançou Pedrinho e Rúben no jogo. A partir sensivelmente desta altura, o Salgueiros ganhou o ascendente no jogo e levou o jogo para ser jogado apenas no meio campo do Perafita, acelerando o jogo e começando a estar com muito mais presença próximo da área do Perafita.
Primeiro foi Moreira aos 67’ que fez um grande cruzamento com dois jogadores do Salgueiros soltos na área, mas o lance foi cortado ao primeiro poste.
Aos 69’ em resultado de combinação entre Gonçalo e Rúben, este deixou de calcanhar para Heitor que fez um remate perigoso.
Em contra ciclo com o jogo o Perafita esteve perto de marcar quando um avançado ficou solto na área e cabeceou ao ângulo, com Freitas a conseguir evitar o golo dando uma sapatada na bola contra a trave. A mesma pingou para a frente e foi Moreira quem impediu a recarga aliviando a ola para a frente.
Mas o jogo nesta altura só dava Salgueiros, seguindo-se livres directos em posição perigosa de Heitor e Rúben, ambos sem criarem perigo.
Já com Fernando Almeida a fazer um trio de avançados com Heitor e Quim o Salgueiros continuou a pressionar. Aos 77’ após canto na direita Heitor mergulhou dentro da área para cabeçada à peixe com a bola a sair a rasar a barra, num lance que seria indefensável se a bola fosse à baliza.
Aos 81’ foi a vez do Perafita ter nova ocasião de perigo com uma cabeçada a rasar a barra.
Seguiu-se um lance em que um cruzamento de Quim foi cortado por um defesa do Perafita muito próximo da bola, com o #10 salgueirista a reclamar grande penalidade.
Era já uma altura em que o guarda-redes do Perafita fazia por tardar o jogo, parecendo satisfeito com o empate, apesar de alguns avisos dos colegas para se apressar.
Aos 86’ Fernando Almeida ganhou na direita e cruzou com conta, peso e medida para Rúben rematar à entrada da área em jeito muito colocado, para óptima defesa do guardião contrário.
Era o prenúncio do golo que chegava aos 87’, num lance em que a bola foi cruzada para o miolo da área obrigando o guarda-redes a sair da linha de golo para cortar. Ainda fora da área, vendo o adiantamento do guarda-redes contrário, Passos cabeceia por cima da molhada de jogadores que estavam na área, marcando de cabeça um chapéu fenomenal, que permitiu trazer os 3 pontos para casa. Um prémio mais que justo para um jogador crucial da equipa e que ainda não tinha marcado neste ano, apesar de pautar a sua época por um regularidade tremenda, contando já com 5 assistências para golo.
Até ao final foi o Salgueiros que se manteve no ataque, e até marcou de novo por Quim Simões, de calcanhar, com o lance anulado por fora de jogo. Ainda surgiram mais 2 ou 3 situações de algum perigo, com o Perafita lançado no ataque, mas essencialmente o interessante foi gerir os últimos minutos de jogo com a bola longe da baliza de Freitas.

Foi uma vitória esforçada, em condições muito difíceis e que permitem deixar um adversário directo a uma distância que terá que ser impossível de recuperar. O Perafita tem de facto uma equipa fortíssima fisicamente e bem adaptada a um futebol distrital mais musculado, não deixando de ter 2 ou 3 oportunidade soberanas de marcar, que poderiam ter dado outro desfecho ao encontro.
Para o Salgueiros foi a melhor forma de iniciar a série difícil de 3 jogos seguidos fora, restando agora 6 finais para ganhar e continuar na disputa pelo 1.º lugar e pela subida de divisão.
7 Respostas
  1. AO contrário de outras primeiras partes menos conseguidas, acho que hoje era difícil fazer melhor, dado o estado do terreno, e a qualidade do adversário. O jogo até foi muito corrido e bem disputado.
    Grande joga do Monteiro.
    E um golão que todos lamentaremos não poder rever e rever. Muita inteligência do Passos naquele segundo em que olhou para a baliza e decidiu.

    Carlos Fernandes 2296/257


  2. Magalhães Says:

    Foi um jogo com ALMA.
    Não tenho dúvidas que esta equipa a jogar desta forma é superior a todos os adversa´rios.
    Pena não termos o Golão do Passos, foi simplemente fenomenal.


  3. LMM Says:

    Vamos ser campeões!

    Luis Mota
    SCS: 409 / SCS_08:42


  4. Parabéns à equipa que hoje foi mais uma vez gigante. Boas substituições, apesar de me parecerem um pouco tardias, que revelaram alma e vontade de ganhar. É assim que o Salgueiros deve jogar sempre.
    Uma palavra positiva para o Perafita que tornou o jogo disputado e muito competitivo. Tiveram mais do que oportunidades para ganhar o jogo mas hoje o Freitas foi o gigante da defesa.
    Para as próximas 6 finais, da minha parte só posso dizer que vou estar lá com a mesma atitude, e da equipa espero a atitude vencedora dos 2 últimos jogos. Nem sempre se ganhar, mas dá gosto acreditar e lutar para vencer.
    Salgueiros até ao fim!


  5. Anónimo Says:
    Este comentário foi removido pelo autor.

  6. Anónimo Says:

    Na próxima jornada, o Custóias receberia o Vilanovense. Como o Vilanovense já não se encontra a competir, como se processa a nível de pontos? O Custóias ganha por falta de comparência ou simplesmente "folga"?
    Se acontecesse a segunda hipótese, isso seria excelente para nós.
    Se bem que eles ainda têm de jogar com o Bougadense...


  7. Folga, ou seja, ganha 0 pontos. Nós folgamos na jornada seguinte.


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