S.C.S. 08 - 2 x C.F. VALADARES - 0 : 18.ª Jornada

GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Barbosa
DC - 4 - Monteiro (Capitão)
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Nicola
AC - 9 - Quim Simões
MC - 10 - Diogo Preto
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
62' Carminé
73' Carminé

Subs:
51' 18 - Pedrinho por 10 - Diogo
77' 17 - Rui Lima por 8 - Nicola
82' 13 - César por 2 - Passos

Suplentes não utilizados: Rui Alves, Eládio, Figueiredo, F. Almeida
19.º da convocatória: Bessa

O primeiro jogo de 2010 colocava o Salgueiros frente ao penúltimo classificado, teoricamente um adversário ao alcance da equipa encarnada, que se apresentava sem o treinador principal no banco, devido a castigo aplicado pela A.F. Porto. Antes de mais há a destacar um grande gesto do grupo, a integrar Pedro Reis no seu ‘grito de guerra’, mesmo estando obrigado a ver o jogo na bancada.
No onze inicial duas alterações, com a estreia de Paulo Barbosa a titular remetendo Figueiredo para o banco de suplentes, e uma troca que já é quase alternância entre os dois jogadores que têm disputado a posição ‘10’ – regressou Diogo Preto à equipa com Pedrinho a ficar sentado no banco.

A primeira parte do Salgueiros nesta tarde foi a repetição de alguns jogos deste ano, com equipas teoricamente mais fracas: alguma lentidão na entrada no jogo, com pouca agressividade na disputa de bola e pouca pressão sobre o adversário. De forma certamente inconsciente, a realidade é que perante adversários menos fortes a equipa parece entrar nos jogos em gestão de esforço, acreditando que os golos chegarão mais tarde ou mais cedo. Tirando um cruzamento rasteiro muito perigoso de Gonçalo aos 8’, o sintoma desta pacata entrada em jogo foi o facto do primeiro remate à baliza pelo Salgueiros ter chegado apenas aos 25’, curiosamente logo seguido de um remate com perigo do Valadares, que saiu a rasar o poste – foi a única oportunidade da equipa visitante em todo o jogo.
Aos 33’ e 36’ dois remates de Carminé animaram ligeiramente a partida, o primeiro num livre directo bem colocado mas sem força, e o segundo num remate espontâneo de fora de área que saiu um pouco ao lado.
Mas o problema de base mantinha-se: o Salgueiros não pressionava e defender e iniciava a construção de jogo de forma muito previsível, com lentas trocas de bolas na defesa, que também por falta de desmarcações e movimento no meio campo, acabavam em passes directos para a frente pelo ar. Ai estava um Quim Simões muito isolado, que foi quase sempre batido no jogo aéreo, em clara inferioridade face a um enorme central, que limpou quase todo o futebol por alto durante o jogo, apesar de abusar um pouco do contacto físico com o avançado do Salgueiros, sempre com a complacência do árbitro.
Das pouquíssimas vezes que a bola chegou pelo chão a Quim Simões, os resultados foram totalmente diferentes, como aos 38’ onde o n.º 9 do Salgueiros recebeu em rotação e colocou na ala em Passos, que cruzou bem para Nicola que não conseguiu marcar, caindo no contacto com o defesa.
Com o aproximar do intervalo o Salgueiros teve perto de marcar: aos 43’ num livre de Carminé marcado com muito arco, o guarda-redes defendeu com dificuldade para a barra, com Monteiro a cabecear ao lado na sequência do lance, após grande cruzamento de Gonçalo do flanco esquerdo.
Logo a seguir num bom contra ataque conduzido por Nicola, este cruzou com demasiada força quando Quim Simões estava em óptima posição.
Chegava o intervalo num jogo de ambiente morníssimo, como infelizmente tem sido hábito nos jogos em casa, com momentos em que apesar da boa assistência na bancada se ouviam os jogadores a falar, tal era o silêncio do público.

Felizmente a atitude da equipa do Salgueiros na segunda parte foi totalmente distinta da primeira parte e, imprimindo outra velocidade ao jogo, foi crescentemente dominador e em certos momentos mesmo de forma asfixiante para o Valadares.
Logo aos 47’, novamente Quim Simões foi servido com a bola no pé e com qualidade lançou Carminé pelo flanco esquerdo que arrancou um grande cruzamento para a área ao qual Nicola chegou atrasado por uns centímetros.
10 minutos depois Carminé voltou a avisar que era dia de ‘molhar a sopa’, e num cruzamento bombeado quase marcava, com o guarda-redes a defender junto ao ângulo para canto, com muita dificuldade. Pouco depois, após remate do mesmo Carminé, Gonçalo emendou para golo que foi no entanto anulado por fora de jogo, ficando a ideia que estava de facto adiantado face à linha defensiva.
Era um período de pressão crescente do Salgueiros, finalmente a encostar o Valadares, começando a acumular jogadas de perigo e cantos, uma constante até ao final do jogo. Como noutros jogos a equipa teve muita dificuldade em criar perigo nos cantos marcados.
Como os cantos marcados de forma tradicional estavam invariavelmente a não ter qualquer resultado, aos 62’ Carminé marcou um de forma curta tabelando com Nicola, e depois de parar o jogo quase junto à linha lateral, cruzou rasteiro e sem muita forma, acabando por marcar golo directo com bastante felicidade, beneficiando da tentativa de toque de calcanhar de Gonçalo e da tentativa de emenda de Quim Simões já perto da linha de golo, gestos que iludiram guarda-redes e defesas do Valadares.
3’ depois o jogo ficou mais ou menos sentenciado, com a expulsão por acumulação de amarelos, após um corte com a mão de um cruzamento de Moreira, ficando a dúvida se houve mesmo intenção de jogar a bola ou se foi um lance casual. Na sequência do livre a punir o lance, primeiro são Gonçalo e Quim Simões que estão perto de marcar de cabeça no centro da área, e depois Monteiro com hipótese de marcar no segundo poste.
Nesta altura e até mesmo antes da expulsão, já se ia notando a quebra física progressiva do Valadares, que praticamente já não conseguia sair do seu meio campo, situação agravada pela expulsão.
O falhanço mais flagrante chegou aos 69’, após jogada de Nicola na esquerda, com o ala a atrasar para Moreira que cruzou de posição atrasada, com Quim Simões a falhar o desvio por uma nesga. A bola seguiu para o segundo poste com Gonçalo a deixar-se trair pela bola bater no relvado antes de lhe chegar, rematando por cima quando tinha a baliza totalmente deserta.
Seguiu-se nova expulsão de um jogador do Valadares por acumulação de amarelos, e logo a seguir o segundo golo do Salgueiros, num livre directo em folha seca e sem balanço de Carminé, com a bola a entrar a meia altura junto ao poste, com o guardião adversário ainda a esboçar a defesa, mas sem conseguir evitar o golo.
Momento bonito aos 77’, com o regresso de Rui Lima aos relvados a ser saudado com imensos aplausos da bancada.
Quim Simões poderá ter sido derrubado na área aos 78’, com o defesa a não tocar na bola e a ter contacto com o avançado salgueirista.
Pedrinho esteve perto de marcar aos 85’ num bom remate cruzado e no minuto seguinte foi Carminé que numa recarga isolado tentou fuzilar e acabou por acertar no guarda-redes que saiu bem da baliza, após defender uma primeiro remate de longa distância para a frente.

No final são 3 pontos merecidíssimos e sem discussão, num jogo que poderia ter sido resolvido ainda mais cedo com outra velocidade e agressividade na primeira parte, apesar do adversário se apresentar bastante fechado o que ‘empurrou’ a equipa a tentar temporizar um pouco o jogo para tentar desmobilizar a organização defensiva do Valadares. Quando o Salgueiros acelerou o jogo a diferença entre as equipas ficou bem notória e existiram oportunidades para o resultado ser bem mais dilatado.
A equipa necessita de continuar a crescer e a integrar as novas soluções disponíveis, com alguns pormenores a terem que ser trabalhados, como por exemplo a necessidade de aproveitar de outra forma a enorme quantidade de cantos de que a equipa dispõe na maioria dos jogos.
O primeiro lugar é do Salgueiros e assim vai continuar.
3 Respostas
  1. Unknown Says:

    A grande diferença entre as duas partes foi que na primeira parte o Salgueiros jogou com dez jogadores e na quase totalidade da segunda parte o Salgueiros jogou com onze jogadores.
    É chegado o tempo de colocar os mais capazes a jogar.


  2. RF3 Says:

    Uma resalva,o nicola e grande craque,ele e o pedrinho,muito fortes!
    Ja nao ia ver o salgueiros a algum tempo,o futebol contiinua o mesmo,e nota.se e que nos temos bons jogadores,as outras equipas so tem quaze tudo marrecos, e os nossos bons jogadores sozinhos com pormenores individuais resolvem,e vao continuar a resolver,sozinhos,e sem jogarem futebol!


  3. Adriano Says:

    É de salientar a boa exibição da central Barbosa que me pareceu uma excelente aquisição de inverno. Muito seguro e joga bem de cabeça, já tinha gostado da sua postura em lavra a quando chamado para substituir o lesionado Monteiro. Quanto ao Nicola pareceu ser um bom estremo que gosta muito de aparecer na cara do guarda-redes, fazendo um excelente jogo com muita entrega e muita luta. E concordando com o RF3 o Pedrinho entrou muito bem no jogo e notando-se bem a diferença dando mais dinâmica.
    Quando a equipa do salgueiros joga com velocidade os adversários não resistem mas quando andamos a passo e não chegamos primeiro às bolas é fazer o jogo deles tornando o jogo muito difícil por vezes.

    Saudaçoes Salgueirista


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