S.C.S. 08 - 1 x A.D.C. BALASAR - 0 : 20.ª Jornada

GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Barbosa
DC - 4 - Monteiro (Capitão)
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Nicola
AC - 9 - Quim Simões
MC - 10 - Pedrinho
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
70' Carminé

Subs:
82' 17 - Rúben por 10 - Pedrinho
82' 15 - Artur por 8 - Nicola
90' 17 - Diogo por 11 - Carminé

Suplentes não utilizados: Rui Alves, Neto, César, F. Almeida

Mais uma tarde de chuva a dificultar grandes enchentes nesta temporada, com o início de jogo bastante retardado pelo atraso da chegada das forças policiais.
A tarde iniciou-se com o desfraldar da nova bandeira gigante da Alma Salgueirista, acompanhada de uma faixa alusiva aos 25 anos de claque, concluindo os festejos de forma apoteótica com o lançamento de fogo-de-artifício coordenado com a entrada da equipa em campo.
No onze inicial do Salgueiros apenas a alteração na posição ‘10’ entrando Pedrinho e saindo Rúben, isto face à equipa que jogou em Serzedo.

O Salgueiros entrou a mandar no jogo e cedo foi encostando o Balasar à sua área. O primeiro remate com algum perigo pertenceu a Gonçalo aos 10’, após jogada na esquerda e alívio da defesa para a frente da área onde Gonçalo rematou de primeira ao lado. Aos 15’ foi Carminé quem rematou de ângulo difícil no flanco direito, direccionado à base do poste para boa defesa do guarda-redes, que ainda no chão conseguiu desviar a excelente recarga de Pedrinho, com o lance finalmente a ser cortado por um defesa perto da linha de golo.
A pressão do Salgueiros foi continuando… Aos 22’ Gonçalo arriscou um lance individual e conseguiu furar a defesa, e já dentro da área apertado por dois defesas rematou cruzado para mais uma boa intervenção do guarda-redes do Balasar.
No minuto 30 foi Quim Simões que no flanco esquerdo cruzou de trivela para o segundo poste, onde Carminé muito próximo da baliza rematou de primeira por cima, prejudicado por ter que rematar com o seu pior pé, o direito, perdendo-se assim a oportunidade mais flagrante até ao momento.
Chegava-se ao final da primeira meia hora e o Salgueiros só poderia ser criticado por abusar dos passes longos feitos de forma precipitada, sem troca de bola anterior a escolher o melhor momento. Lances que resultaram em imensas perdas de bola , invariavelmente perdidos ora por os passes saírem demasiado longos ora por serem assinalados foras de jogo.
A partir desta altura também se sentiu o início de alguma quebra física nalguns jogadores do Balasar, que começaram sistematicamente a chegar mais tarde aos lances – facto possivelmente explicável por a equipa aparentar estar desfalcada, contando apenas com 2 jogadores de campo no banco.
O Salgueiros continuava a defender bem , pressionante e a acumular ataques. Aos 34’ foi Monteiro que cabeceou com perigo após canto. Seguindo-se 3’ depois talvez a melhor oportunidade falhada para o Salgueiros em todo o jogo: Passos cruzou e Quim Simões ganha as costas da defesa e mergulha cabeceando ‘à peixe’ ligeiramente ao lado.
Aos 40’ Quim redime-se em grande pormenor individual fintando um defesa e assistindo para Gonçalo que dentro da área em grande posição rematou de primeira ao lado. Em cima do intervalo após um canto foi Pedrinho que em rotação fez um grande remate de longe e ângulo difícil com a bola a sair com muita força mas à figura, permitindo defesa.

A segunda parte trouxe o jogo com a mesma tónica: ataque sistemáticos do Salgueiros com o Balasar cada vez mais recuado, limitando-se a defender. Também pelo recuar estratégico do Balasar, certamente para se salvaguardar da quebra física que a equipa estava a sentir, o Salgueiros deixou de insistir em passes longos (não havia espaço para eles nas costas da recuada defesa) e passou a jogar mais apoiado, começando cedo a acumular oportunidades.
Aos 48’ Gonçalo teve boa jogada em progressão, passando depois para Nicola que em cima da linha da área dominou muito bem ganhando espaço ao defesa contrário, mas depois rematou de pé esquerdo muito por cima.
Seguiu-se uma jogada que retratou bem uma das lacunas que a equipa por vezes demonstra – com Quim Simões a único avançado, e gostando este de descair nos flancos para ganhar espaço, por várias vezes o 9 do Salgueiros ganha lances nos flancos e não tem ninguém a quem passar no centro. Assim aconteceu aos 50’, após ganhar espaço na direita Quim cruzou para o centro da área onde não estava ninguém, com o lance a ser mal aliviado proporcionando um forte remate a Pedrinho, que saiu um pouco por cima. Este era um problema que não se verificava no início da época quando a equipa jogava com 2 avançados… por outro lado a existência de menos um médio criava lacunas na consistência de jogo, que foram ultrapassadas quando ao lado de Fábio passou a estar primeiro Samuel e agora Gonçalo. Evidentemente cada sistema tem vantagens e desvantagens e não se podendo jogar com 12 jogadores… tem que se ir tentando gerir os equilíbrios da equipa mais com movimentos colectivos do que com tácticas fixas.
Aos 51’ após insistência e com a equipa a procurar o flanco, um grande cruzamento de Pedrinho encontrou a cabeça de Quim Simões que só não marcou porque o guarda-redes do Balasar fez a defesa da tarde, com um grande golpe de rins.
Aos 56’ Carminé saiu com a bola em lance individual do flanco direito, passando a Nicola no centro que após trabalhar o lance, assistiu Pedrinho que rematou com muita força na zona da meia lua, mas por cima.
O último ensaio para o golo surgiu aos 60’, com Carminé a sair da ala direita para o centro e rematar na passada com a bola a sair a rasar o ângulo da baliza, mas pelo lado de fora.
Eram 15 minutos iniciais da segunda parte de domínio avassalador do Salgueiros, que retirava qualquer hipótese ao Balasar para ‘respirar’ e pensar em atacar, ficando remetido à sua zona defensiva.
Como tem sido hábito a equipa acumulou cantos, quase todos saindo demasiado curtos e sem tensão ao primeiro poste, permitindo cortes fáceis.
Finalmente aos 70’ chegou o único golo da partida, numa grande jogada entre Gonçalo e Carminé, que tabelaram 2 vezes em progressão entre 6 adversários, com Gonçalo a isolar Carminé nas costas da defesa, com este a picar por cima do guarda-redes à saída deste, num gesto técnico magnífico. Não poderia haver mais justiça nos protagonistas do lance que acabou por decidir o jogo: Gonçalo além do jogo guerreiro a defender, a que já habituou os adeptos, esteve hoje muito interventivo também ofensivamente, arriscando várias vezes com sucesso em lances de progressão individual, tornando-se assim um médio ‘8’ mais completo e mais útil à equipa; Carminé foi o incansável desiquilibrador que tem sido durante a época, arriscando e ganhando imensos lances nos flancos, em velocidade e potência, onde quase sempre começaram os lances de perigo da equipa, tendo pecado apenas nos lances de bola parada.
A única oportunidade para o Balasar foi aos 77’, numa jogada de alguma passividade de meio campo e defesa salgueirista, facilitando um cruzamento a que Freitas preferiu não sair, permitindo ao treinador-jogador do Balasar cabecear em excelente posição e sem oposição, mas felizmente por cima da baliza.
A partir daí o Salgueiros sem anti-jogo soube gerir o jogo trocando a bola com calma e longe da sua baliza, demonstrando enorme maturidade nesse período de jogo, com destaque para uma jogada no flanco esquerdo, onde Artur, Rúben, Quim, Moreira e Gonçalo à vez, trocaram a bola no ataque de forma que parecia interminável.
No finalzinho Artur ainda esteve perto de marcar emendando ao segundo poste, acabando por se atrapalhar com Quim Simões que tentava chegar ao mesmo lance.

Além de três pontos, este jogo foi muito positivo para o Salgueiros, com a equipa a mostrar-se ‘crescida’ emocionalmente, com o acumular de oportunidades falhadas a não perturbar a organização e estratégia de jogo nem a serenidade emocional dos jogadores, apesar do golo só chegar aos 70’. A equipa manteve-se fiel ao seu estilo de jogo, alternou soluções, procurou os flancos, rematou de longe, enfim… fez tudo o necessário ofensivamente para desmobilizar um Balasar, que principalmente na segunda parte, colocou-se fechado e muito próximo da sua baliza a defender de forma consistente e organizada. Defensivamente o Salgueiros jogou 99% do tempo de forma segura e pressionante, completando 90 minutos em que conseguiu retirar qualquer iniciativa de jogo ao Balasar, que indiscutivelmente tem sido uma das boas equipas do campeonato, o que só valoriza a exibição desta tarde.
1 Response
  1. Vitória inteiramente justa que na minha opiniao peca por escasso. Alguns lances de golo que nao se pode falhar e uma boa exibicao do Gr do balasar.

    Mas mais importante que uma vitoria volumosa foi conseguir os 3 pontos e ver que a equipa evolui a cada dia que passa.

    Mais duas semanas (no minimo) em 1º lugar e espera-se que este lugar se mantenha ate ao final da época.

    FORÇA SALGUEIROS

    SERÁS SEMPRE A NOSSA PAIXÃO

    SALGUEIROS SEMPRE

    Ricardo Coelho


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