GULPILHARES F.C. - 1 x S.C.S. 08 - 2 : 14.ª Jornada

GR - 24 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Figueiredo
DC - 4 - Monteiro (Capitão)
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MC - 7 - Gonçalo
MD - 8 - Artur
AC - 9 - Heitor
MC - 10 - Diogo
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
15' Heitor
86' Fábio

Subs:
65' 16 - Pedrinho por 10 - Diogo
65' 14 - Samuel por 7 - Gonçalo
75' 15 - F. Almeida por 14 - Samuel

Suplentes não utilizados: Hélder, César, Tó-Zé, Quim Simões

A crónica do jogo tem que começar por um destaque importante: o Gulpilhares. Recebeu os adeptos do Salgueiros com uma cordialidade, gentileza e desportivismo que não podem passar em claro. Desde logo reservaram meia bancada coberta com cadeiras para os adeptos do Salgueiros, quando até tinham uma zona descoberta separada que poderiam ter atribuído aos forasteiros. Depois uma bilheteira preparada ao estilo de mesa de voto para dar resposta a qualquer número de adeptos sem problemas e sem atrasos, simpatia e gentileza nos porteiros e no bar, campo bem sinalizado, bar próprio para os adeptos do Salgueiros dentro do campo, e um speaker que no início e o final do jogo encarnou este espírito de recepção calorosa e simpática, não poupando palavras simpáticas ao Salgueiros e aos seus adeptos. A equipa da casa também teve dentro das 4 linhas um comportamento desportivo irrepreensível.
Conseguiu repetir-se o clima de festa que o Salgueiros levou a alguns campos no ano passado e não deve ser esquecida esta atitude, que deverá ser retribuída pela Direcção e adeptos do Salgueiros no jogo da segunda volta.

No Salgueiros repetiu-se o onze, algo que não acontece muitas vezes, e o modelo utilizado no último Sábado, um 4-3-3 ou conforme as leituras um 4-2-3-1.
O jogo não começou muito bom e havia poucas jogadas com alguma continuidade. O Salgueiros optava pel a mesma pressão do último jogo no seu último terço defensivo, tentando chegar cedo aos avançados que recebiam a bola, mas ao contrário do Castêlo da Maia, os médios e avançados do Gulpilhares conseguiam tirar a bola da zona de pressão graças a alguma qualidade na recepção e passe, e a defesa salgueirista não conseguia ser tão implacável como no jogo anterior.
Felizmente também ao contrário de Sábado, o Salgueiros não foi perdulário e logo aos 15’ colocou-se em vantagem, na primeira vez que chegou à área adversária. Após grande abertura de Gonçalo para as costas da defesa no flanco direito, Carminé cruzou de primeira de pé direito para o segundo poste onde surgiu Heitor a marcar na passada de pé esquerdo para o poste contrário. Numa jogada de “pés ao contrário” Heitor viu a sua bota esquerda engraxada pelos colegas nos festejos do golo.
O Gulpilhares só uma vez criou perigo na primeira parte, num livre directo aos 28’ descaído do flanco direito. A bola cruzou a pequena área salgueirista e nem Freitas conseguiu tocar nem o avançado conseguir desviar, num local em que se tocasse na bola daria quase inevitavelmente golo.
A resposta do Salgueiros chega aos 30’, após um lançamento lateral e uma boa troca de bola, Gonçalo em zona frontal evitou um adversário e efectuou um excelente remate em arco de pé esquerdo, a que o guarda-redes do Gulpilhares correspondeu com uma grande defesa. Era a melhor altura do jogo para o Salgueiros com a equipa de novo a mostrar-se mortífera em situações de contra ataque rápido, tal como aconteceu na recepção ao Castêlo da Maia. Aos 35’, mais uma destas jogadas de costa a costa, com uma defesa de Freitas que a seguir entrega a Moreira, este só com um toque coloca no círculo central onde Diogo recebe e isola Carminé que não consegue evitar o guarda-redes que fora da área defendeu com o peito.
A entrada da segunda parte trouxe cheiro de golo: livre de Moreira na esquerda, desvio de Fábio de cabeça e Artur na marca de penalti tentou rematar em jeito mas deixou a bola passar.

A segunda parte foi acentuando as dificuldades que o Salgueiros sentia na primeira parte. O Gulpilhares conseguia bloquear a zona central do meio campo e empurrava o Salgueiros a jogar bolas compridas para os 3 jogadores da frente, mas quase nunca com sucesso. O contra-ataque também deixou de sair com frequência e precisão e na defesa iam-se acumulando situações de dificuldade da defesa salgueirista em despachar a bola com clareza em situações de perigo. Dava a sensação que parte do problema seria físico, com a equipa talvez a acusar os dois jogos em tão curto período de tempo, notando-se nalguns jogadores alguma falta de frescura e vigor, que levavam a perder alguns lances divididos e faltar alguma clarividência noutros lances.
Por outro lado apesar de bloquear bem o jogo salgueirista no centro do campo, impedindo uma boa circulação de bola, ofensivamente o Gulpilhares era inexistente.
Pedro Reis terá sentido estas dificuldades e alterou o cerne do meio campo, saindo Gonçalo já magoado e Diogo, entrando Samuel e Pedrinho. O azar bateu à porta e alguns minutos após entrar, Samuel lesionou-se com aparente gravidade, na sequência de uma torção do joelho. Após alguns minutos de sacrifício acabou mesmo por ter que ser substituído por Fernando Almeida. Ficam os votos que a lesão não tenha a gravidade que aparentou, e que rapidamente Samuel esteja de volta à equipa.
Aos 76’ surgiu o empate, num lance sintomático do que foi o jogo na segunda parte. Bolas bombeadas para a defesa salgueirista que teve 3 ou 4 hipóteses para aliviar a bola sem conseguir fazê.lo de forma definitiva, acabando a última tentativa de alívio por colocar a bola à entrada de área. Aí o avançado do Gulpilhares apanhou a bola de primeira e marcou um golo de bandeira, com a bola a entrar no ângulo, no único remate à baliza de Freitas em todo o jogo.
Como tem sido imagem de marca a equipa não desistiu e de imediato aumentou o ritmo de jogo e lançou-se no ataque. Finalmente já aos 86’, surge uma grande combinação pela direita iniciada por Pedrinho, com triangulação com Artur e Heitor que tocou de calcanhar para o remate de pé esquerdo de Pedrinho que quase dava golo, com Heitor ainda a recarregar para corte de defesa contrário. Após o alívio inicial da defesa da casa, a bola foi ter a Passos que de imediato colocou em Artur na direita. Este após fintar um defesa, consegue evitar um segundo defesa cruzando bem em cima da linha de fundo para uma entrada fulgurante e corajosa de Fábio, que em mergulho se estreou a marcar, e logo de forma decisiva. Um prémio justíssimo para um jogador que é aposta forte de Pedro Reis para a posição 6 desde o início de época, e cuja evolução tem sido notória, quer técnica quer fisicamente, sendo nos últimos jogos uma peça fulcral e decisiva do meio campo salgueirista.
Após o golo só num cruzamento para a área o Gulpilhares criou perigo, mas dois jogadores da casa acabaram por se atrapalhar um ao outro sem conseguir finalizar.

Para os críticos dos golos dos últimos minutos, começa a ser bom relembrar que nem tudo se justifica pela sorte. Sendo difícil acreditar em coincidências, e aceitando-se que nada se consegue sem alguma sorte, há que dar o mérito à equipa e reconhecer o seu carácter e competitividade, nunca perdendo a cabeça e tendo sempre energias e presença de espírito para atacar e acreditar sempre até ao último minuto.
Das bancadas o apoio chegou e fica de novo comprovado que quase seria preferível fazer todos os jogos fora. Talvez pela concentração de adeptos salgueiristas mais juntos, talvez pelo espírito de conquista do terreno adversário, talvez pelo espírito de festa e romaria que envolve as deslocações fora, a realidade é que o ambiente nos jogos fora tem suplantado de longe o vivido nos jogos em casa. Hoje de novo a equipa pode sentir-se orgulhosa dos seus adeptos e da festa que fizeram na bancada.
Os que tinham receio dos festejos dos 365 dias sem perder também podem esquecer o mau agoiro. A equipa está para além das estatísticas e desse tipo de pressão e parece com vontade e qualidade para aspirar a tudo neste campeonato. Falta agora a terceira vitória para tornar perfeito o ciclo de 3 jogos em 8 dias.
5 Respostas
  1. Magalhães Says:

    SENTIMENTO SALGUEIRISTA

    Hoje presenciei o sentimento Salgueirista; vi e senti o carinho, apoio e amor que os adeptos dão á equipa e que a levam para patamares muito superiores a esta 1ª distrital.
    Foi Fantástico a festa, os cantares, concluindo com a festa do 2º Golo, fomos realmente uma equipa especial.
    Estou muito confiante; sinto espirito de grupo na nossa equipa, sinto muita força a empurrar esta equipa, somos demasiado grandes para esta divisão.
    Um agradecimento especial ao Gulpilhares que nos recebeu com respeito e se da mesma forma se despediu do jogo.
    Enfim mais uma tarde á Salgueiros no caminho do titulo.
    Abraço Salgueirista


  2. damas73 Says:

    concordo com a boa recepçao que nos foi dada e ja depois do jogo começar o porteiro veio varias vezes ver o andamento das coisas,e atençao hoje que me lembre foi a primeira vez que a bola sorteada nao saiu a casa.quanto ao acompanhamento dos jogos nao se pode esquecer que o jogo anterior foi realizado no sabado e é um dia em que muita gente trabalha(é o meu caso)e nao se pode estar sempre a faltar,ja faltei duas vezes este ano e depois sente-se no bolso,tambem nao nos podemos esquecer que o nosso canal nos da os golos e os resumos dos jogos com uma qualidade muito boa(excelente trabalho do sr LUIS)
    domingo todos ao padroense para mais uma vitoria e beneficiar do resultado do outro jogo entre candidatos que atecede mais uma deslocaçao dificil a lavra.
    jogo a jogo rumo á honra sempre com honra
    FORÇA SALGUEIROS
    scs08-247


  3. Luís,

    Só uma curiosidade, És tu que envias mensagens para o blog com o acompanhamento em directo do jogo, filmas o jogo, tiras fotos e fazes a crónica do jogo? Ou tens ajuda de alguém?


  4. lfg Says:

    Olá

    Tenho sempre a ajuda de 11 ou 14 briosos atletas que dão o espectáculo em campo que faz por merecer essas actividades todas.

    Saudações salgueiristas
    L.


  5. Concordo perfeitamente que foi a melhor recepção que tivemos,pena foi o speaker ter-se distraído e quando o Gulpilhares empatou começar a dizer alto e bom som, Vai busca-la Freitinhas.

    Quanto ao desempenho da equipa,é o que eu sempre esperei e confiei, a tendência será sempre para melhorar porque a experiência ganha-se jogando.

    Cumprimentos Francisco Leite


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