S.C.S. 08 - 2 x A.C. BOUDAGENSE - 1 : 11.ª Jornada
GR - 1 - Freitas
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Monteiro (Capitão)
DC - 4 - Figueiredo
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Fábio
MD - 7 - Samuel
MC - 8 - Pedrinho
AC - 9 - Heitor
AC - 10 - Quim Simões
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
55' Heitor
90' Monteiro

Subs:
82' 18 - Artur por 7 - Samuel
82' 17 - Tó-Zé por 11 - Carminé

Suplentes não utilizados: Freitas, César, Gonçalo, Diogo, F. Almeida
19.º da convocatória: Rúben

Com a jornada de folga que se aproxima, o Salgueiros jogava com a aspiração de consolidar o 1.º lugar contra um adversário do meio da tabela.
O dia no entanto apresentou-se de tal forma chuvoso que o aspecto do relvado antes do jogo era desanimador, e os bravos que encheram a bancada coberta poderiam apenas desejar que a chuva trouxesse inspiração semelhante à que bafejou a equipa em Custóias.
Se nos nomes escalados não houve surpresas, com Rui Alves a retomar o seu posto e Moreira recuperado a regressar ao flanco esquerdo da defesa, no desenho da equipa surgiu uma alteração significativa, passando de um 4-4-2 clássico para uma 4-4-2 losango, modelo testado algumas vezes na pré-época, com Pedrinho a deixar o flanco para jogar no vértice avançado do losango (posição 10), Fábio no vértice mais recuado, com Carminé e Samuel como médios interiores nos flancos esquerdo e direito respectivamente, com Carminé pelas suas características a fugir mais para o flanco do que Samuel, este com maior tendência ao jogo interior. A alteração poderá ter tido a ver com vários factores e especulando um pouco pode ter sido um antecipar de Pedro Reis de que o jogo iria ser jogado muito pelo corredor central – tal como acabou por acontecer, até porque o relvado nos flancos tinha muito mais água acumulada. O losango do meio campo aumentou a densidade de jogadores naquela área e colocou também Pedrinho numa posição que o seu óptimo jogo aéreo (apesar da baixa estatura) poderia ser bastante útil. Veremos se será para continuar… Certo é que Pedrinho parece muito mais confortável na posição 10 que no flanco, tendo algumas boas iniciativas que não se tinham visto muito quando jogou no flanco direito.
O jogo iniciou-se em modo lotaria, com os jogadores a tentarem ambientar-se ao prender da bola na água… É logo aos 2’ que um avançado do Bougadense consegue receber na área e protegendo a bola de Monteiro ganha posição para rematar, mas a bola saiu morta pela água, apesar de estar em óptima posição.
O Salgueiros consegue o primeiro remate por Quim Simões aos 12’, mas este saiu por cima e sem perigo. Seguiu-se um livre directo do Bougadense de zona frontal que ninguém desviou, mas acabou por sair a rasar o poste, ficando a ideia que Rui Alves estava a controlar o lance.
Com 30 minutos de jogo ainda praticamente só se lutava em campo, com cada bola a ser disputada com ardor por ambas as equipas, sempre com muita correcção. Ia-se destacando Monteiro, que mesmo ocupando a posição de central aparecia em todo o lado da defesa e muitas vezes junto aos médios a cortar imensos lances, sendo o jogador mais adaptado ao terreno e em plano de destaque na defesa.
Aos 31’ o Bougadense reclamou uma grande penalidade por carga de Monteiro na área do lado esquerda da defesa salgueirista.
Tendo o Salgueiros superioridade atacante em quase toda a primeira parte, a excepção foram 10 minutos sensivelmente entre os 25’ e os 35’, altura em que parecia que após cada pontapé de baliza de Rui Alves o Bougadense ganhava invariavelmente a bola, conseguindo assim manter o jogo no meio campo salgueirista durante este período.
Foi preciso chegar aos 42’ para o Salgueiros criar perigo de novo, num livre no flanco esquerdo a castigar falta sobre Quim Simões no limite da área, que este reclamou ser grande penalidade A bola foi cruzada tensa por Samuel com um desvio inicial de Fábio e tendo depois Heitor ficado muito perto de conseguir emendar para o golo.
O relvado para o resto do jogo já estava mais praticável e esperava-se um Salgueiros já a jogar de branco a tentar impor o seu futebol, mas o início da segunda parte foi aziago… Iniciando logo com uma falha de Figueiredo que perdeu num duelo ombro a ombro, ficando o avançado na cara de Rui Alves, apesar de ter pouco ângulo de remate. O guarda-redes salgueirista correspondeu com uma grande defesa evitando o golo.
O golo do Bougadense surge logo aos 48’, numa jogada de alguma passividade da defesa do Salgueiros. Não tardou 3’ para o Bougadense estar muito perto de fazer o 0x2, numa jogada que pareceu precedida de falta, ficando a ideia que o avançado dominou a bola com a mão.
Felizmente não houve tempo para o Bougadense se empolgar com o golo, e a pressão imediata que o Salgueiros fez deu frutos pouco depois, após um cruzamento perfeito da direita de Samuel, a que Heitor correspondeu… à Heitor, elevando-se e marcando de cabeça.
Seguiram-se 5 minutos de grande pressão do Salgueiros, que conseguiu capitalizar o momento do empate e encostar o Bougadense à sua área. Destaque nesta altura para a melhor jogada colectiva da tarde, com óptima rotação de bola que levou a mesma a Samuel no flanco esquerdo, que colocou na linha de fundo de calcanhar em Moreira, para um centro de primeira a que Heitor não chegou por milímetros.
Com o aproximar dos 70’ a pressão do Salgueiros foi aliviando e ficava a sensação que a equipa começava a pagar a factura do ritmo frenético do jogo e do estado do relvado, estando já com algumas dificuldades físicas para manter a pressão constante. Aos 72’ o Bougadense fica reduzido a 10 após uma falta de vingança com grande brutalidade sobre Fábio.
Já com Artur e Tó-Zé em campo o Salgueiros volta a criar perigo perto do fim. Aos 84’ Quim Simões de cabeça está pertíssimo de marcar, mas o guardião do Bougadense consegue uma enorme defesa junto à base do poste. Já aos 89’ é Tó-Zé quem tem um bom remate para defesa segura.
Finalmente é já aos 90’ que o Salgueiros marca, após um livre frontal de Passos, marcado para a cabeça de Artur que assistiu Monteiro, que ainda tem tempo de dominar de pé esquerdo e rematar cruzado de pé direito, ficando selado o certificado de ‘+3 pontos’ para esta tarde.
Do jogo é necessário fazer um primeiro destaque: o Bougadense. Um adversário leal e de grande entrega que teve o imenso mérito de jogar o jogo pelo jogo. Mesmo reduzido a 10 jogadores e estando empatado, jogou sempre à bola… não houve lesões simuladas, os jogadores substituídos saíram a correr (!!!), não houve atrasos nos pontapés de baliza…. Resumindo jogaram futebol de início ao fim, mostrando uma dignidade em campo que não merece passar despercebida, principalmente tendo em conta o que já assistimos em tantos jogos no último ano e meio.
Para o Salgueiros com um terço do campeonato disputado, o 1.º lugar é altamente motivante e pouco a pouco, as melhorias individuais e colectivas são notórias.
Monteiro esteve a um nível excepcional e, principalmente na 1.ª parte, fui um guerreiro imbatível em todo meio campo defensivo do Salgueiros. Moreira parece que não acusou a paragem e voltou com a raça a que já habituou toda a gente. Nos mais jovens, é notório de jogo para jogo que Fábio e Pedrinho estão a ganhar a condição física necessária para serem competitivos no futebol distrital, reflectindo-se fortemente na qualidade do seu jogo. Samuel vai-se impondo como uma peça essencial no equilíbrio da equipa, pela sua capacidade de defender e atacar. Heitor vai recuperando a forma perdida com a paragem e já soma 5 golos, quase sempre marcado na 1.ª hipótese de que dispõe.
Mas mais do que individualmente a equipa parece mais unida, com os jogadores mais próximos e mais solidários a defender, com níveis de agressividade na disputa de bola muito superiores a (apenas) algumas jornadas atrás. Hoje a entrega foi total, e quando não foi possível jogar bem, a equipa soube lutar bem e muito. Mal foi possível jogar um pouco, voltou a avalanche ofensiva que tem tornado esta equipa numa máquina de fazer golos… e com Alma suficiente para marcar vários nos períodos finais dos jogos. Se há algo ainda a melhor será alguma segurança defensiva adicional, que permita jogos sem sofrer golos e evitar que tantas vezes a equipa tenha que correr atrás de resultados.
Segue-se uma jornada de merecido descanso com a tranquilidade de quem segue em primeiro.
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