CUSTÓIOAS F.C. - 1 x S.C.S. 08 - 2: 9.ª Jornada
GR - 1 - Rui Alves
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Monteiro (Capitão)
DC - 4 - Figueiredo
DE - 5 - Rochinha
MC - 6 - Samuel
MC - 7 - Fábio
MD - 8 - Pedrinho
AC - 9 - Heitor
AC - 10 - Quim Simões
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
48' Quim Simões
85' Quim Simões

Subs:
77' 15 - Diogo por 8 - Pedrinho
90' 18 - Tó-Zé por 9 - Heitor
90'+2' 17 - Artur por 11 - Carminé

Suplentes não utilizados: Freitas, César, Gonçalo, Nandinho

Jogo entre os primeiros, com o Custóias a ter possibilidade de ficar a 7 pontos do Salgueiros 08 em caso de vitória, defrontando-se o melhor ataque face à melhor defesa.
Com Heitor recuperado, Tó-Zé viu-se de novo remetido ao banco de suplentes. Figueiredo estreou-se a titular após a lesão de última hora de Zé Maia, com Rochinha a ser titular a lateral esquerdo a substituir Moreira. De resto tudo estável e igual ao habitual.

O jogo não podia começar pior para o Salgueiros, com o Custóias a marcar após jogada de insistência pelo flanco direito, aproveitando as dificuldades criadas pelo péssimo estado do relvado. Aliás a forte chuva tornou a primeira parte bastante difícil para todos os jogadores, com o relvado com muita água acumulada, ora prendendo a bola ora acelerando-a, de forma algo imprevisível.
O Salgueiros reagiu muito cedo, e logo aos 8’ após toque de cabeça de Heitor, Quim Simões ficou com a baliza à mercê em óptima posição mas falhou, ameaçando que ia ficar de novo sem marcar, somando assim 4 jogos seguidos sem golos. Ameaça falsa felizmente.
O Custóias ripostou aos 16’ e criou muito perigo num canto, acabando a jogada com uma bola ao poste. Logo a seguir repetiu o perigo pelo lado esquerdo, com o avançado a conseguir passar por Rui Alves mas depois já sem ângulo para fazer melhor do que atirar à rede lateral.
Aos 19’ após livre de Carminé da direita, Heitor já na pequena área fica a escassos milímetros de conseguir desviar de cabeça para golo. Aos 29’ após livre frontal o central do Custóias salta com o braço por cima de Fábio ficando a ideia que impediu este de disputar o lance.
O resto da 1.ª parte seguiu sem oportunidades de golo mas com alguma superioridade do Custóias: mais forte fisicamente, quase sempre conseguindo ter 2 e 3 jogadores na disputa de cada lance, conseguindo criar situações de superioridade numérica que lhe permitiam ganhar os lances divididos. O Salgueiros tinha algumas dificuldades em matar os lances na defesa com clareza e na construção de jogo ia tendo um dilema: quando tentava sair em ataque organizado sentia muitas dificuldades com a bola a prender no relvado o que provocava perdas de bola ainda no seu meio campo; quando tentava o futebol directo quase sempre a vantagem foi para a defesa do Custóias, quer pela pouca direcção dos passes quer pela grande exibição do defesa central e capitão de equipa do Custóias, que durante todo o jogo varreu (quase) tudo no futebol aéreo.

A segunda parte trouxe outra história: o Salgueiros em crescendo permanente com o Custóias a deixar a ideia que ia perdendo fulgor físico, talvez pagando a factura da muita pressão feita na primeira parte. Foi logo aos 48’ que após cruzamento de Carminé, Quim Simões desviou de cabeça, marcando o empate na pequena área.
Aos 53’ após livre frontal de Carminé surgiu confusão na área do Custóias, que começava a sentir dificuldades com o avolumar de cantos e ataques da equipa visitante, que também pressionava cada vez mais e em zonas mais subidas do terreno, tirando iniciativa de jogo ao Custóias. Logo a seguir foi a vez de Rui Alves fazer uma grande defesa e evitar que a equipa ficasse de novo em desvantagem.
Os adeptos esses iam crescendo com a equipa, galvanizando-se e criando um ambiente de festa na bancada dos adeptos do Salgueiros.
Samuel cheirou o golo aos 61’, entrando na área em boa posição, mas com a bola a sobrar para o pé esquerdo, o remate saiu ao lado. A pressão do Salgueiros continuava e seguiu-se livre directo que Carminé bateu directo de muito longe da área, com a bola literalmente a bater no guarda-redes do Custóias que teria muita dificuldade em defender de outra forma, dada a força do remate e ao facto da bola bater no relvado antes de chegar à baliza.
Aos 79’ chegou uma das raras situações de perigo de bola corrida para o Custóias na segunda parte, com uma incursão pelo flanco direito, com Riu Alves a não arriscar a saída, permitindo um cruzamento rasteiro perto da linha de fundo que poderia ter criado imenso perigo, não fora o corte da defesa salgueirista. Tirando esta ocasião e até ao final do encontro o Custóias só chegava à área do Salgueiros em bolas paradas, com imensas faltas nas proximidades da área do Salgueiros, algumas delas bem duvidosas.
Já com Diogo em campo o Salgueiros continua à procura do golo: primeiro aos 80’ na cabeça da área Diogo escolheu mal e tentou colocar na direita quando tinha Heitor completamente isolado no flanco oposto; aos 83’ o mesmo Diogo deixou passar a bola em zona frontal por não arriscar o remate de primeira.
A vitória chegou aos 85’, num lance portentoso de Quim Simões: recebendo um passe em profundidade de Carminé, recebeu de peito em rotação com o defesa bem colado às suas costas, mas protegendo a bola com o corpo ganhou o duelo e partiu isolado para a baliza, para simular primeiro e marcar depois com calma, festejando com os adeptos com alegria esfusiante. Uma jogada que denotou uma força ao alcance de poucos ao fim de 85’ minutos de jogo, com as condições que o campo apresentava hoje. Os jogadores do Custóias reclamaram fora de jogo.
Seguiu-se um período de matreirice que faltou noutras alturas. Os jogadores souberam aguentar a bola junto à linha lateral, tardar as substituições e pontapés de baliza e ficar no chão mais um bocadinho do que o habitual. Não sendo bonito foi crucial e demonstrou a maturidade que a equipa adquiriu em situações recentes como no jogo em Leça do Balio: basta ver que no primeiro lance após o golo, Carminé recebeu e protegeu a bola junto a bandeirola de canto durante uns bons segundos.
O final do jogo merece poucos comentários, com reacções dos jogadores do Custóias que certamente terão consequências graves para os mesmos, incluindo agressões ao árbitro e vários cartões vermelhos.

Do jogo, para o Salgueiros sobra bem mais do que 3 pontos… sobra uma galvanização natural da massa adepta que assistiu a uma segunda parte de entrega total e de ALMA - como ainda não se tinha visto esta época - e muitos outros pontos positivos.
Sendo quase impossível destaques, porque de facto a equipa galvanizou-se em conjunto, há a destacar as exibições memoráveis dos regressados Figueiredo (VARREU TUDO) e Rochinha, que imprimiram consistência e poder de choque à defesa, não acusando em nada falta de ritmo. Fábio fez o seu melhor jogo da época, dando uma componente física ao seu jogo que ainda não se tinha visto, sendo crucial no futebol aéreo, onde lhe tocava na marcação o melhor jogador do Custóias (central #4) que nunca criou perigo nas inúmeras situações de bola parada. Quim Simões voltou aos golos e ao ‘normal ‘ que lhe conhecemos: lutador incansável, capacidade física inesgotável, técnica irrepreensível, com Heitor a dar-lhe o espaço e a presença que permitem que brilhe com outra liberdade. Rui Alves impediu golos ao Custóias por duas vezes. Monteiro teve o seu melhor jogo a central e não só esteve intransponível como claramente melhor a nível posicional. Passos foi tão confiável como um relógio suíço. Samuel continua a melhorar de jogo para jogo. Carminé além dos remates perigosos, ‘só’ somou mais duas assistências. Pedrinho foi um lutador e mesmo com o seu porte algo débil para as condições do relvado, foi tão guerreiro como qualquer dos seus companheiros…
Pois é, foi mesmo um jogo em que TODOS se destacaram, vencendo o Salgueiros por ter uma equipa que mostrou agressividade no jogo, soube fazer faltas quando necessário e soube jogar feio a espaços. Uma equipa que esteve ENORME a nível físico, demonstrando chegar ao fim com um fulgor que foi faltando aos jogadores do Custóias. O seu poderio ofensivo permitiu marcar dois golos a uma equipa que em 8 jogos tinha sofrido 1.
Daqui terá que sair muita autoconfiança nas potencialidades do grupo – não podemos esquecer as muitas ausências na equipa no jogo de hoje – e face aos adeptos uma grande ‘margem de trabalho’, ou seja, tempo e espaço para continuar a crescer e evoluir sem pressões exageradas: só com apoio e entusiasmo.
PARABENS EQUIPA!
4 Respostas
  1. Paulo_74 Says:

    Ontem proibiram a entrada das faixas e do bombo estavam com medo do nosso apoio á equipa e nós mostramos que sabemos apoiar sem bombo e sem faixas...

    A ordem proibiçao da entrada das faixas foi segundo a policia por ordem dos Custoias ja que nao queriam que as mesmas tapassem a publicidade do estadio...


  2. Ontem à noite,num Coliseu superlotado (3000 px), ouvi três grandes cantores cantar:"QUE FORÇA É ESTA AMIGO?!", lembrei-me logo e apetecia-me BERRAR no meio daquela gente toda: é a força do SALGUEIROSSSSS!!!!!!


  3. KODIAK Says:

    Paulo 74,
    que grande palhaçada...entao a rede que ia aleijando o simoes perto da ALMA podiamos meter as faixa..sao mesmo uns corruptos!


  4. ZeKa ALMA85 Says:

    o 2o golo e falta? ahahahahahah falta de habilidade grande QUIM...mostramos k somos melhores a nivel de tudo,mais uma vez mal recebidos por toda a gente do custoias k não mostrou credibilidade pra estar no futebol,jogadores k deviam tar no boxe....SALGUEIROOOOOOOOOOOS SEMPRE CARALHO ZeKa AlMa


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