S.C.S. 08 - 2 x C.F.S. FÉLIX MARINHA - 2 : 8.ª Jornada


GR - 1 - Rui Alves
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Monteiro (Capitão)
DC - 4 - Zé Maia
DE - 5 - Moreira
MC - 6 - Samuel
MC - 7 - Fábio
MD - 8 - Pedrinho
AC - 9 - Tó-Zé
AC - 10 - Quim Simões
ME - 11 - Carminé

Treinador: Pedro Reis

Golos:
42' Carminé
89' Tó-Zé

Subs:
43' 15 - Diogo por 8 - Pedrinho
57' 18 - Heitor por 10 - Quim Simões
68' 16 - F. Almeida por 6 - Samuel

Suplentes não utilizados: Freitas, César, Bessa, Rúben

As bancadas crescentemente despidas demonstram que de facto escasseia o entusiasmo em torno da equipa, acentuado pela sucessão de empates recentes e de exibições menos conseguidas.
O onze titular era de novo inédito, com Monteiro a tomar o lugar de Nandinho a defesa central e Carminé a regressar à titularidade saindo Rochinha. No banco ficava Heitor ainda condicionado e com poucos treinos realizados após lesão.
Ao fim de 1 minuto de jogo viu-se a postura arriscada que o S. Félix trazia para o jogo: pressão muito alta logo à saída da área do Salgueiros e 4 homens na frente a aparecer com imensa velocidade no ataque, com destaque para o n.º 3 que criou inúmeros problemas à defesa salgueirista. Essa pressão teve imenso resultado para o S. Félix, a conseguir recuperações de bola já no meio campo do Salgueiros e nos primeiros 15 minutos a pressionar intensamente o Salgueiros, que conseguiu eliminar algumas jogadas por fora de jogo mas arriscando demasiado nesse aspecto.
Logo aos 5’ e após ganhar o duelo a Passos e ultrapassar Monteiro , o avançado do S. Félix ficou na cara de Rui Alves e rematou bem, para uma boa defesa para canto. Logo no minuto seguinte com a defesa a confiar no fora de jogo, foi Moreira quem veio dobrar ao lado direito em última instância.
A resposta do Salgueiros chegou aos 8’ por Monteiro, respondendo a canto de Carminé na direita, com cabeçada que passou rente ao poste.
A pressão do S. Félix continuava, com muitos homens a chegar frente à defesa salgueirista, que se via face a adversários já embalados que o meio campo não acompanhava. Aos 14’ após passe por alto, Zé Maia foi traído depois de deixar a bola bater à sua frente e não conseguir cortar o lance de cabeça, ficando o avançado do S. Félix solto e em condições de rematar cruzado sem hipóteses para Rui Alves. Lance infeliz que claramente afectou Zé Maia, que ficou a partir daí algo nervoso durante o jogo.
A tentativa de reacção do Salgueiros foi escassa e ia faltando capacidade de construção. Muita lentidão e pouco movimento no meio campo e ataque, com poucos jogadores a oferecerem linhas de passe, empurraram a equipa para o jogo directo, que diga-se teve neste jogo quase 0% de aproveitamento, com o S. Félix a ganhar quase a totalidade dos lances por alto, sendo certo que grande parte deles eram enviados directos ao defesas e não aos avançados do Salgueiros.
Aos 35’ Carminé rematou de muito longe tentando o chapéu de pé direito, com a bola a sair meio palmo por cima. 2’ depois foi a vez de Tó-Zé ter uma grande iniciativa individual vindo da direita para o centro à entrada da área, passando a bola por cima de um defesa, matando de peito e rematando de pé esquerdo para a defesa da tarde, junto à barra.
A primeira parte acabou da melhor forma para o Salgueiros, com uma boa tabela entre Tó-Zé e Samuel que fez um passe rasgado para Carminé. Este chegou ao lance um instante antes do guarda-redes adversário que saiu da baliza e apesar de não tocar na bola acabou por enganá-lo ficando este fora do lance, tendo depois apenas que ir buscar a bola ao outro lado e encostar de pé direito para a baliza deserta. Para o que jogava a equipa naquele momento, era um golo caído do céu para permitir entrar para a 2.ª parte com alguma tranquilidade. Após o golo concretizou-se a substituição já preparada entes deste, com Diogo e entrar para o lugar de Pedrinho.
O Salgueiros entrou na segunda parte com outra disposição: efectivamente a equipa mostrou um pouco mais de velocidade no seu jogo, encostando o S. Félix à área, mas denotando ainda bastante desinspiração, com muitos lances perdidos por precipitação ou más decisões.
Logo aos 49’ chegava a melhor oportunidade perdida do encontro: após um canto e a bola ir rondando a área, Samuel em zoa frontal picou por cima da defesa para Quim Simões, que após uma recepção irrepreensível que matou a bola, tentou marcar em jeito quando estava isolado, permitindo o corte de um defesa.
Na segunda parte mostrava-se também o que era fácil de adivinhar: a pressão dos primeiros 15’ era insustentável fisicamente para o S. Félix, sendo que na segunda parte deixaram de praticamente de conseguir atacar com consequência, fazendo remates a muitos dezenas de metros da baliza. No entanto, na defesa estiveram sempre muito concentrados e focados a redução de espaços.
Aos 68’ entrou Fernando Almeida e, como quase sempre, o futebol do Salgueiros melhorou instantaneamente. Viram-se algumas tabelas com sucesso, melhoraram as linhas de passe abertas e oferecidas a quem conduzia a bola em construção, e de novo o Salgueiros aproximava-se da baliza adversária, mas com dificuldade em conseguir criar perigo real.
Só aos 79’ após livre directo, Monteiro conseguiu um remate dentro da área, mas pressionado por um adversário e já a cair, a bola subiu muito. A seguir foi Tó-Zé, aos 83’, que teve muito próximo de marcar de cabeça. Após livre de F. Almeida da esquerda e primeira cabeçada de Heitor, que tinha entrado para o lugar de Quim Simões, a bola sobrou para Zé Maia que tocou de raspão levando a bola à cabeça de Tó-Zé que rematou por instinto muito próximo da baliza, não tendo conseguido orientar a bola para o golo. Apesar de muito próximo da baliza foi praticamente um remate de reflexo.
Logo a seguir o balde de água fria… Numa jogada pelo lado direito o defesa ganhou o duelo a Monteiro (que tropeçou e caiu), tendo depois cruzado para a área onde estava Passos com 3 adversários pela frente. Após um primeiro corte a bola sobrou para fora de área para um deles que com um remate portentoso marcou um golo monumental.
Na sequência do lance quando tentava recuperar a bola junto ao banco do S. Félix para recomeçar o jogo, F. Almeida viu o cartão vermelho directo.
Em cima dos 90', num livre que Carminé bateu com muito efeito, a bola desceu muito a chegar ao guarda-redes que não conseguiu segurar permitindo a recarga de cabeça com sucesso de Tó-Zé - um prémio mais que merecido para uma exibição de esforço durante 90 minutos, bem comprovada pela forma como disputou os últimos lances do jogo, já totalmente esgotado mas sem nunca baixar os braços. Iniciou-se aqui uma confusão atrás do banco que implicou uma detenção pela polícia e utilização de meios exagerados, desde bastonadas a gás pimenta parece que valeu tudo…
Após a interrupção e já com os 7 minutos de desconto concedidos em andamento pouco mais se jogou num clima já de muito nervosismo.
Chegou o fim de jogo e o resultado aceita-se. O S. Félix esteve muito bem nos primeiros 20 minutos mas a partir daí praticamente foi inofensivo e só teve de facto bem em matéria defensiva, marcando na única bola à baliza que mandou desde os 20’ de jogo. O Salgueiros guarda o mérito ter ido atrás do resultado, de ter disposto de mais duas boas oportunidades para se colocar em vantagem e de finalmente e mais uma vez, ter conquistado pontos no campeonato já quase no final do jogo, efectivamente demonstrando que nunca baixa os braços nem dá os pontos por perdidos até ao apito final.
Nas bancadas é notório algum desencanto com o futebol da equipa. Ao fim de 8 jogos é um facto que a qualidade de jogo do Salgueiros 08 está aquém das expectativas elevadas que existiam em torno da equipa e do potencial já demonstrado a espaços nestes 8 jogos. São quase 3 meses de treinos e bastantes jogos e esperava-se uma evolução mais notória, mas existem ainda lacunas evidentes:
- Dificuldade de jogar em bloco, com sectores muito afastados e com problemas frequentes na transposição defesa ataque, que tem obrigado a vezes em demasia ao jogo directo – com sucesso muito limitado desde que Heitor se lesionou;
- Falta de agressividade da equipa, perdendo (como hoje aconteceu) muitos duelos e bolas divididas – notório também no número de faltas e cartões amarelos muito reduzido com que a equipa é penalizada em processo defensivo;
- Falta de movimentação dos jogadores sem bola, oferecendo poucas linhas de passe para a construção de jogo apoiada;
- Falta de segurança defensiva (extensiva a todos os sectores), que provoca muitas vezes situações de risco e igualdade numérica com os defesas a encararem jogadores sós já lançados. Muita insegurança nas bolas paradas (hoje finalmente este não foi um problema).
Para todos estes factores contribui concerteza ainda não ter sido encontrado um onze base, que se estabilize e crie rotinas, situação que as lesões na defesa tornaram ainda mais crítica, por este ser um sector cujo rendimento vive muito da estabilidade. Com a dupla de hoje foram já 4 as variações em 8 jogos.
Claro que enumerar lacunas é fácil, difícil é identificar causas e principalmente encontrar soluções e trabalhar para elas se concretizarem, especialmente quando o ambiente externo ajuda cada vez menos quem seguramente tenta fazer e dar o máximo possível pelo Salgueiros.
A equipa vai ter uma oportunidade de ouro na próxima semana para se afirmar: a visita ao primeiro classificado deve encher de motivação e de brio os nossos jogadores e cativar a equipa para a melhor exibição da época.
4 Respostas
  1. spotink Says:

    mais um jogo fraco.Com os centrais sempre mal posicionados, sempre a jogar ladoa lado a lado, em vez de ficar um nas dobras.isto nao e so deste jogo, nem experiencia nem nada...e o treinador que tem que corrigir nos treinos ainda por cima fez carreira nessa posiçao.Meio campo muito macio nao consegue circular a bola.o fabio no meio campo esta sempre em desvantagem para o adversario que tem la sempre um ou dois a mais.e mais nao se consegue criar rotinas com a equipa sempre a mudar.lesoes!!?e quando os jogadores nao estavam lesionados nao jogavam porque???alguem sabe!!!no ataque das poucas bolas que la chegavam sempre resultantes do pontape para a frente estiveram muito bem.mais uma vez nao se percebe uma equipa que quer ser campea empatada 1-1 tira o quim simoes pelo heitor.quem quer subir de divisao tem que arriscar.na minha opniao saia o nº6 e recuava o diogo preto para o meio campo.
    deixo aqui uma questão no ar que nao consigo entender, que é :
    -ja sao 2 jogos seguidos que o treinador do salgueiros tira um jogador a faltar um ou dois minutos para acabar a primeira parte, o que ganha a equipa com isso, como fica o jogador que sai?
    Outra intriga e saber porque continua o ruben a nao jogar?continuar a por o pedrinho que é um numero 10 a jogar na direita a avancado.

    em jeito de finalização são muitos detalhes e afinações que faltam a esta equipa que ja leva estes jogos ja feitos.
    isto nao sao criticas e a realidade.e o que se passa em cada jogo, so nao ve quem nao quer.

    P.s os jogadores e treinadores por serem amadores nao podem ser criticados?

    socio nº139 08


  2. Os jogadores podem e devem ser criticados.
    Agora, por serem amadores, existem factores que não existem no futebol profissional.
    No ano passado lembro-me que o Renato falhou alguns jogos por "motivos profissionais".
    Hoje ouvi dizer o mesmo em relação às presença nos treinos.
    Parece-me plausível, e acho normal o Pedro deixe fora quem não pode treinar sempre, quem provavelmente não está na forma ideal.
    Acho isso mais provável do que ele ter ficado maluco, ou estar a gozar connosco.

    De qualquer forma, gostava de ouvir fontes oficiais...


  3. Suevo Says:

    Em relação às bancadas crescentemente despidas convém ter em conta varios pontos.
    É ou não verdade que os socios do sra da hora deixaram de entrar todos de borla, havendo um limite de convites por jogo?
    Outro ponto, é preciso lembrar que este ano os bilhetes estão mais caros.
    Eu gostei da atitude dos jogadores, e mesmo com 10 o Salgueiros não baixou a cabeça e conseguiu o empate. Não saí defraudado porque esta equipa agrada-me, mesmo que não vença. Apesar de haver um ou outro jogador que não me convence (não cito nomes por razões obvias) , a atitude da equipa agrada-me.
    Quanto à pressão muito alta que o sfelix fez desde o inicio, já aqui tinha dito que qualquer treinador com um minimo de capacidades é isso que faz contra o salgueiros e as suas tentativas de sair sempre a jogar com bola dominada. A mim só me surpreende que existam treinadores tão maus que sabendo que o salgueiros começa sempre por uma bola curta do guarda redes para os defesas não pressionem esses mesmos defesas e até os medios defensivos. O sfelix trazia essa lição bem estudada.
    Em relação ao jogo directo da primeira parte, para esse jogo faz falta o heitor em boa forma.
    Quanto à expulsão do Fernando Almeida, falei com muitas pessoas e nenhuma delas viu nenhuma agressão, eu não afirmo que a agressão não existiu, o que afirmo é que falei com muitos e nenhum viu agressão alguma... ainda para mais vindo de alguem experiente como o Fernando começo a pensar que pode ter sido encenação do sfelix, mas repito que não vi o lance, e precisamente por não ter visto fiquei desconfiado.


  4. O Sr. Fernando Almeida foi bem expulso. Pontapeou o jogador do S.felix nos festejos do golo mas seguramente foi provacado. Todos sabemos que o Sr. Fernando Almeida é um jogador exemplar mas tb e humano e tem o direito de errar. Com tanta provocaçao e normal que se perca a cabeça.

    Sem duvida que vai ser uma grande baixa para os jogos que se seguem.

    Tenho pena é que o arbitro nao tenha mostrado o cartao vermelho directo ao jogador do s.felix que teve uma entrada durissima sobre o To-Ze ja no final do encontro.

    FORÇA SALGUEIROS
    TEMOS JOGADORES PARA FAZER MUITO MELHOR

    SALGUEIROS SEMPRE


Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.


  • PRóXIMO JOGO

    SCS08 x NOGUEIRENSE
    SAB., 15 FEV. 15:00
    EST. PADROENSE



    COMENTÁRIOS

    ETIQUETAS