Vamos todos fazer um pouco mais...
O futebol está vivo na encarnação 08 e o ecletismo vai crescendo, agora com a criação de uma secção de futsal que pela dinâmica que já demonstra e por se tratar de uma modalidade em franca expansão tem tudo para ser um rotundo sucesso.
O Salgueiros 08 foi campeão de forma brilhante e entusiasmante e tudo isso contribui para se entrar numa normalidade que tem pouco de normal.
O nosso clube - Sport Comércio e Salgueiros - está longe de estar salvo. Se se mantém há 4 ou 5 anos ligado às máquinas de suporte de vida, a única coisa que o Salgueiros 08 alterou foi trazer mais familiares afastados a visitar o moribundo. Afastou para já a hipótese de se desligar a máquina de imediato, mas as melhoras foram poucas e dependentes de um núcleo duro demasiado pequeno, que vai dando os cuidados paliativos com empenho e mas nem sempre com total reconhecimento e compreensão da restante família.
A imagem é dura mas é real. Terça-Feira há nova AG do Sport Comércio e Salgueiros e o cenário adivinha-se semelhante ao já conhecido, porque o ponto de partida foi demasiado mau para se pensar em recuperações milagrosas.
Ninguém pode esquecer que qualquer hipótese de recuperação tem que estar alicerçada numa vontade colectiva que não passe apenas por uma participação passiva. Há uma necessidade premente de os salgueiristas assumirem a função social e de cidadania de serem salgueiristas de corpo e alma. Há exemplos bem recentes de quem deu o passo em frente e se ofereceu para disponibilizar ao clube graciosamente aquilo que melhor sabe fazer.
É preciso participação. É necessário ter o auditório da Junta de Freguesia cheio na próxima Terça-Feira. É necessário ir ao micro e questionar, propor e dialogar. É necessário a disponibilidade de cada um, perante as suas competências, de prestar algum serviço ao clube.
É no MÍNIMO obrigatório os salgueiristas serem sócios. Seja do SCS, seja do SCS08... seja com um donativo voluntário de 2.5€ mensais. É imperioso ter uma obrigação mensal com o clube, porque o clube mantém a obrigação diária com os salgueiristas de se manter vivo e activo. É INACEITÁVEL encontrar argumentos para não ter. Qualquer comparação é inútil com outros casos e custos, porque mais NINGUÉM tentou recuperar um clube neste estado. Fecharam e abriram ao lado. O Nosso velhinho Salgueiros está a tentar o caminho mais nobre, mas também o infinitamente mais difícil. Quem não o fizer deverá levar com reticências sublinhadas cada vez que jurar o seu salgueirismo.
Um clube vale pelo seu grau de associativismo e não por ter um cartão que dá 5 cêntimos de desconto no gasóleo. O Sport Comércio Salgueiros sobreviveu porque foi sempre um clube com sócios... voltando à imagem anterior, foram estes que pagaram a electricidade para a máquina a que está ligado se tenha mantido a funcionar.
Um clube (e muito menos dois) não pode ser mantido, alimentado e gerido por 4 ou 5 pessoas. Deixa de ser um clube nacional para ser um clube de amigos. Quem elegemos já deu mostras recentes na última AG do SCS08 que está não só aberto mas totalmente empenhado em abrir a gestão e a actividade do clube à contribuição de todos.
Nenhum salgueirista deve deitar-se descansado se ainda não tiver feita a pergunta a si próprio: o que posso fazer mais pelo meu clube?... e tomou as acções necessárias para fazê-lo.
Num clube com o passivo que acumulamos a resposta 'vou apoiar no futebol' não chega. É curta, escassa e inconsequente.
Não basta termos dado o primeiro passo... temos um longo caminho pela frente e teremos que conduzir o clube colectiva e solidariamente por esse sinuoso e difícil trajecto.
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4 Respostas
  1. paulitos Says:

    amanha e a primeira coisa que vou fazer;voltar a fazer parte desta grande familia. fazendo-me socio do 08 e voltar a ser socio do s.c.salgueiros.SALGUEIROS ATE MORRER


  2. Unknown Says:

    Este texto explica com todo o rigor a situação do Salgueiros.
    Hoje ainda é possível a EXTINÇÃO do Sport Comércio e Salgueiros, hoje ainda é possível que este clube MORRA e deixe toda esta familia Salgueirista Orfã.
    Para que esta situação não aconteça terão que ser os Salgueiristas e só eles a lutar com tudo isto.
    Os Salgueiristas que choram pelo clube, os Salgueiristas que sentem amor e carinho por este clube é que terão que lutar com esta situação.
    Tornem-se sócios, ajudem a direcção naquilo que for possível.
    Se continuarmos sem acções activas em prol do clube, provavelmente teremos um desgosto.
    Do que depender de mim, tudo farei para ajudar o meu clube, pois não quero presenciar o fim de tudo.

    Serei Salgueirista até morrer, pois é algo que me corre nas veias.

    Abraço a todos os Salgueiristas


  3. Sou sócio dos dois 'Salgueiros'.

    Partindo do princípio que as metáforas - ou certas metáforas - não são usadas gratuitamente, ou seja, são usadas seriamente, a minha grande esperança para amanhã à noite é que a metáfora do "ligado à máquina" seja substituída por outra. Maior esperança é que a metáfora remeta para algo claramente auspicioso, pois "ligado à máquina" - uma metáfora que já é recorrentemente usada para descrever a situação do SCS nos últimos dois anos - tem tudo menos a ver com bons diagnósticos e prognósticos médicos.

    Salgueiros é sinónimo de emoção, como sabemos. O problema é que, para quem tem vindo a acompanhar a situação do clube nos últimos cinco anos de assembleia geral em assembleia geral, não é propriamente de emoção que acabamos por falar. Inevitavelmente, o problema do SCS é sempre enquadrado em questões eminentemente técnicas:
    - como negociar dívidas;
    - como recuperar a performance do bingo e geri-lo;
    - como conduzir processos judiciais e lidar com os respectivos resultados.

    É evidente que também há as dimensões desportivas, que todos celebramos (futebol de formação, andebol, pólo aquático). Mas, parece-me, é preciso perceber que essas dimensões são muito distintas dos problemas estruturais/fundacionais do SCS. De facto, apesar de algumas eventuais dificuldades (que desconheço, pois não estou envolvido nesses departamentos), essas actividades mantiveram-se ao longo dos últimos anos, independentemente do passivo global do clube.

    Como não sou gestor empresarial nem jurista, não respondo às perguntas que coloco acima. Muito gostaria que houvesse sócios que pudessem responder e - mais ainda - agradar-me (e aos salgueiristas em geral) com as suas respostas.

    Porém, a impressão com que fico - e daí considerar que espero que a metáfora seja outra de amanhã em diante - é que temos, pelo menos, dois cenários para o futuro próximo: ou continuar no actual estado de coisas por mais um ano e até ao limite possível, num permanente exercício de gestão, que presumo ser bastante desgastante; ou tomar uma decisão alternativa à luz dos actuais e desejados desenvolvimentos no âmbito do Salgueiros 08.

    Como economista político, a pergunta essencial é esta: quais são os custos e benefícios (tanto quantitativos como, acima de tudo, qualitativos) de termos o SCS a funcionar como funciona? Todos (?)queremos que o SCS se 'recomponha', mas todos (!) percebemos que o desenvolvimento presente e futuro do Salgueiros depende muito do legado do SCS. Por exemplo, há poucos dias, em "Salgueiristas", neste blogue, o consócio Francisco Leite apresentava um conjunto de políticas a seguir - todas muito interessantes - mas cuja discussão (nem falo na implementação!) é quase impossível enquanto os obstáculos institucionais se mantiverem, ou seja, vivermos sem órgãos sociais a funcionar plenamente, isto é, vivermos de comissão administrativa em comissão administrativa. Este constitui um claro custo da situação actual. Ao invés, o grande benefício de mantermos o SCS corresponde, precisamente, à memória histórica do clube.


  4. Há outro benefício em manter o Sport Comércio e Salgueiros - a credibilidade junto da banca, das instituições da cidade e do país desportivo.

    Fechar e abrir ao lado - disse-se acima - nos últimos anos fizeram-no amiúde, sendo os casos mais emblemáticos ocorrido em localidades que representam o que de mais podre há na política local nacional.
    Fechar e abrir ao lado é gozar com os reformados, os desempregados, e com quem paga impostos neste país.
    É assinar por baixo dos que passam épocas sem pagar um salário, e depois pedem mais um mês, mais um requerimento, mais um prazo, mais uma oportunidade (!o Plano Mateus tem quantos anos!)
    Fechar e abrir ao lado é manchar para sempre o nosso clube, independentemente dos pseudónimos sob os quais se esconda, condenando-o ad eternum a ser recordado amarrado aos nomes daqueles queremos esquecer.

    As pessoas que há um ano quiseram que a Alma renascesse, e a quem devemos o extraordinário ano que vivemos, assumiram que o renascimento assentaria neste ponto de honra.
    Tudo o mais seria um extra - nunca podendo ser um encargo que atrase a redução do passivo - daí a necessidade de o futebol sénior se ter de pagar a si mesmo, daí a necessidade de uma segunda cota...

    Venha a Nova Época!


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    SAB., 15 FEV. 15:00
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