S.C.S. 08 - 6 x G.D. ÁGUAS SANTAS - 2 - 7.ª Jornada
II Divisão Distrital da Associação de Futebol do Porto
15:00h, 8 de Novembro de 2008
Complexo Desportivo Senhora da Hora


GR - 12 - Miguel
DD - 2 - Passos
DC - 3 - Renato
DC - 4 - Eládio (Capitão)
DE - 5 - Rochinha
MC - 6 - Monteiro
ME - 7 - Carvalho
MD - 8 - Rúben
AC - 9 - Heitor
MC - 10 - Rui Lima
MC - 11 - Cao

Treinador: Pedro Reis

Subs:
46' 15 - Fernando Almeida por 11 - Cao
46' 17 - Carminé por 7 - Carvalho
70' 13 - Figueiredo por 4 - Eládio

Golos:
46' Renato
47' Heitor
64' Heitor
68' Rúben
70' Heitor
86' Monteiro

Suplentes não utilizados: Igor, Pedro Teixeira, Telmo, Jean


O assalto à liderança é um facto e os salgueiristas vão passar uma boa parte do fim-de-semana já em primeiro no campeonato, apesar de à condição, aguardando o resultado do Vila Chã para saberem se mantêm a posição ou se enfrentarão a 8.ª jornada a partir do 2.º lugar. Facto garantido a partir de um resultado algo atípico de 6-2 contra o Águas Santas, na 5.ª vitória consecutiva.

O jogo adivinhava-se disputado, tendo em conta que o Águas Santas tinha apenas menos 3 pontos que o SCS, mas também menos um jogo disputado, sendo assim era em teoria mais forte que os adversários mais recentes.

Novamente o Salgueiros surgiu com um onze diferente, no seu habitual 4-3-3. Na defesa repetiu-se a mesma composição com Miguel na baliza. Na zona intermédia Telmo a iniciar o jogo no banco entrando Rui Lima (após suspensão) para a posição mais avançada do trio de médios, Monteiro na posição intermédia e Cao na mais defensiva. Na frente Pedro Teixeira deu lugar a Rúben, desta vez a jogar no flanco direito, Carvalho na esquerda e Heitor no centro.

O Salgueiros não entrou mal no jogo e logo aos cinco minutos, Eládio serve em profundidade Passos, que chega em velocidade à linha de fundo e cruza rasteiro atrasado para Heitor, que simula e deixa a bola passar por entre as pernas, deixando Cao em óptima posição para marcar, acabando este por rematar ao lado pressionado por um defesa.
No entanto, após um quarto de hora de jogo víamos um Salgueiros sem conseguir ser tão intenso e decidido como em jogos anteriores. Mais do que demérito do Salgueiros, esta situação deveu-se à postura do Águas Santas. Apresentando-se num 4-2-3-1, a equipa visitante mostrava-se muito bem organizada e estendida no campo, conseguindo situações de ataque rápido com algum perigo. Quer o avançado centro quer os 3 jogadores de apoio, principalmente os que jogavam no centro (10) e na direita (20), mostraram boas qualidades técnicas. Esta postura pouco encolhida garantia também ao Águas Santas uma forma de bloquear com alguma eficácia as subidas de Passos e Rochinha, o primeiro completando o jogo menos ofensivo desta época.
Qualquer subida dos laterais, deixava espaços normalmente bem aproveitados pelo Águas Santas, apesar de nunca ter criado situação clara de golo.
Mesmo sem conseguir ser tão esmagador ou intenso, o Salgueiros dispôs da segunda melhor oportunidade aos 27’, com Monteiro a entrar pelo centro tabelando com Heitor, e no um para um contra com o último defesa já dentro da área não conseguiu finalizar, acabando por se atrapalhar com a bola.
Nos 10 minutos seguintes sucederam-se livres e cantos pela direita do ataque do Salgueiros, mas sem nunca conseguir situações de finalização.
Partia-se para o intervalo com a sensação que algo teria que mudar para conseguir desestabilizar mais a organizada equipa do Água Santas. O treinador Pedro Reis devia partilhar desta sensação porque iniciou a 2.ª parte com duas alterações, com as entradas de Carminé para a ala esquerda e Fernando Almeida para a posição ‘10’, recuando por arrasto Rui Lima e Monteiro, com a saída de Cao.
A segunda parte resume-se facilmente: 2 golos do Salgueiros nos 2 primeiros minutos com o descalabro anímico e defensivo do Águas Santas, que a partir dai desorganizou-se e deixou avolumar o resultado.
Renato estreou-se a marcar de cabeça ao minuto 46 após canto de Rochinha na direita.
Logo no minuto seguinte chegou o momento da tarde: após excelente trabalho de Fernando Almeida na direita, Heitor finaliza com toque de calcanhar para o poste mais distante, com a bola a entrar calmamente mas fora do alcance do guarda-redes.
Aos 62’ foi Carminé quem esteve perto de marcar num livre ainda longe com o guarda-redes a efectuar a defesa da tarde, sendo novamente chamado a boa intervenção no minuto seguinte, a remate em volley de Rui Lima que defendeu para canto. No canto subsequente, aos 64’, Rochinha cruza para Heitor ‘pentear’ ao primeiro poste para o 3-0.
O 4-0 foi de novo de cabeça por Rúben a saltar solto ao primeiro poste, após um contra-ataque rápido com um cruzamento da esquerda em esforço de Rui Lima. Este esteve perto de fazer o 5-0 após tabela com Heitor, tendo rematado ao lado apertado entre dois defesas.
Aos 70’ minutos encerra-se o melhor período do Salgueiros com um cruzamento de frente para a baliza de Rochinha, a que Heitor respondeu superiorizando-se nas alturas a um defesa do Águas Santas e marcando o seu terceiro golo, o segundo de cabeça. O lateral esquerdo salgueirista por sua vez completava 3 assistências no jogo.
A redução para 5-1 foi de livre directo, marcado de forma magistral ao ângulo, sem hipóteses de defesa. Aos 77’ já num momento de relaxamento do Salgueiros, Miguel falha a saída dos postes num canto e sofre o 5-2.
Até ao final mais uma boa oportunidade para o Águas Santas, em corrida desenfreada pela direita no limite do fora de jogo, com remate forte que permitiu a Miguel brilhar um pouco.
A quatro minutos do fim ainda houve tempo para Monteiro marcar o seu segundo golo da época, numa boa arrancada pelo centro e tabela com Heitor, com remate cruzado.

Um jogo que fica na memória pelas dificuldades da primeira parte e as facilidades da segunda, marcada pela felicidade de um início prodigioso, com dois golos que sentenciaram o jogo. O Águas Santas mostrou muito bons argumentos na frente e pouco segurança na defensa.
O Salgueiros 08, esse continua o caminho para o que parece ser um inevitável encontro com o seu destino, em patamares superiores do futebol nacional.
4 Respostas
  1. O mais notável da nossa equipa é a sua capacidade de se organizar colectivamente. À excepção - e agradeço ao Luís o aturado trabalho de quantificação - de quatro jogadores (Renato, Eládio, Passos e Monteiro), ninguém parece ter "lugar garantido". Esse aspecto é o que me dá mais confiança, pelo menos, para esta época, ou seja, o facto de se trabalhar no sentido da dependência da equipa face a determinados jogadores ser a menor possível. Não sei se tal é premeditado ou apenas uma reacção aos condicionalismos que vão surgindo na equipa (lesões, castigos e indisponibilidades pessoais), mas o certo é que tem funcionado. Afinal de contas, quem é que, nesta fase, (ainda) suspira por "velhas glórias" para compensar eventuais faltas de qualidade? (Não que não aprecie essas "velhas glórias", mas não creio que se possa construir um presente e um futuro à base do passado, se bem me faço entender...)


  2. Este Salgueiros é o único everdadeiro.


  3. Cada semana que passa o salgueiros está mais e mais forte.
    A Alma continua


  4. w Says:

    "O Águas Santas mostrou muito bons argumentos na frente e pouco segurança na defensa."

    quem viu o jogo nao diria bem isso,a defesa do aguas santas e tao segura como toda a equipa mas tmb para quem se apercebeu a equipa do aguas santas é uma das mais novas e se calhar a mais jovem de todo o campeonato com uma media de 21 anos...
    o jogo com o salgueiros serviu lhes para eles ganharem maturidade e tmb mostrar que tem muita qualidade e daqui para a frente jogar igual para igual com qualquer equipa e levar no final do jogo os 3 pontos!

    o salgueiros foi melhor do que o aguas santas na experiência e a nivel de pesocionamento a meio campo porque qualidade nao se mostrou inferior e na minha opiniao muito pelo contrario!


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