F.C.S. ROMÃO - 3 x S.C.S. 08 - 5 - 6.ª Jornada
II Divisão Distrital da Associação de Futebol do Porto
15:00h, 2 de Novembro de 2008
Campo do F.C.S. Romão


GR - 12 - Miguel
DD - 2 - Passos
DC - 3 – Renato
DC - 4 - Eládio (Capitão)
DE - 5 - Rochinha
MC - 6 - Cao
ME - 7 - Carvalho
MC - 8 - Telmo
MC - 9 - Monteiro
MD - 10 - Pedro Teixeira
AC - 11 - Heitor

Treinador: Pedro Reis

Subs:
46' 17 - Jean por 8 - Telmo
69' 15 - Carminé por 10 - Pedro Teixeira
82' 16 - Fernando Alemida por 11 - Heitor

Golos:
20' 11 - Heitor
42' 11 - Heitor
57' 17 - Jean
77' 17 - Jean
92' 17 - Jean

Suplentes não utilizados: Igor, Figueiredo, Fábio, Rúben

Bastava chegar a S. Romão e olhar para o terreno de jogo para antecipar as dificuldades que o Salgueiros sentiria. Não só encontrávamos um terreno duro em terra batida como também as suas dimensões reduzidíssimas, com 2 metros ou perto disso entre a linha lateral e a grande área.
A equipa apresentava-se com duas estreias absolutas. Na baliza estreou-se Miguel com Igor remetido ao banco de suplentes. Telmo estreava-se a meio campo, depois de resolvidos os problemas com a sua inscrição, acompanhado pelo regressado Cao e pelo totalista Monteiro. Na frente surgia Pedro Teixeira na ala direita, Carvalho na esquerda e Heitor no centro. A defesa manteve-se igual fase à jornada anterior.
Os primeiros 15 minutos foram de luta intensa no meio campo e adaptação ao terreno. Já ai se tornava evidente que o futebol de passe curto e apoiado não seria praticável neste terreno. Só aos 17' o Salgueiros criou perigo com Heitor a tentar ultrapassar o último defesa mas a cair pedindo falta na área, o que lhe valeu um amarelo. 3 minutos volvidos num canto e à segunda tentativa, Heitor marca em insistência na pequena área.
A partir do golo o Salgueiros ganha algum ascendente, com uma sucessão de cantos e livres até ao minuto 25. O modelo de jogo ia mudando, começando a equipa a apostar em passes compridos para Heitor, que ia servindo de pivot para os companheiros, conseguindo assim a equipa construir jogo no último terço e evitar a imensidão de jogadores no exíguo meio campo.
Aos 28' o jogo poderia ter ficado perto de resolvido. Monteiro consegue desmarcar-se bem e aparecer na área, sobrando a bola para Carvalho que depois de contornar o guarda-redes é derrubado. Heitor bate para a defesa e na recarga de pé esquerdo a boa mancha do guarda-redes do S. Romão mantém o 0-1.
No minuto seguinte, após ser servido por Pedro Teixeira, Telmo remata para boa defesa. Na sequência Heitor recebe quase na pequena área e tenta o chapéu que sai por cima.
A partir da meia hora o S. Romão reage bem e começa a dominar o meio campo, tirando iniciativa de jogo ao Salgueiros. Aos 34' Miguel responde com grande defesa (a única difícil no jogo) a um livre na zona frontal. Logo a seguir na sequência de um canto, o jogador do S. Romão marca de cabeça sem oposição, sem hipóteses para Miguel. Apesar de continuar pior até ao final da 1.ª parte, o Salgueiros acaba com um golo no melhor momento possível – ao minuto 42 Monteiro cheio de crença pressiona um defesa que estava à vontade junto à linha de fundo, recupera a bola e avança para a baliza entregando a Heitor que só tem que encostar para o 1-2.
Ao intervalo entra Jean para o lugar de Telmo com algumas obrigações de apoio defensivo no meio campo, para compensar a saída do médio. Infelizmente esta postura não pode durar muito tempo... Logo no primeiro minuto da segunda parte na sequência de um lançamento da linha lateral, uma enorme falta colectiva de concentração defensiva, permitiu o desvio ao primeiro poste e conclusão de outro jogador já na pequena área sem oposição. Um golo totalmente a frio. 6 minutos depois o jogo complica-se: num corte ríspido com contacto o árbitro assinala grande penalidade por falta de Eládio. Marcado sem hipótese de defesa junto ao poste, o S. Romão conseguia a cambalhota no marcador: 3-2.
Mais do que devido a um avolumar de jogo pelo S. Romão, tratou-se de uma penalização forte pela falta de concentração na entrada na segunda parte.
O jogo começava a ficar eléctrico a partir desta altura, quer dentro quer fora das 4 linhas. Aos 57' o árbitro marca novo penalti, desta vez por mão na área do S. Romão, penalizando um jogador que saltou com os braços no ar. Jean falha à primeira e marca na recarga: 3-3. Ânimos ao rubro e receios notórios de Pedro Reis que a equipa perde-se as estribeiras. Muitas picardias dentro do campo dificultavam a clareza de espírito necessária a ir procurar o golo da vitória. Heitor ia tentando chamar os mais novos à razão, com Carvalho e Monteiro a transbordarem com vontade de vencer e nos limites de perderem a cabeça. Aos 63' um dos mais belicosos do S. Romão acaba expulso por acumulação de amarelos, e Carvalho conseguiu mais alguma tranquilidade para jogar.
A equipa foi-se tranquilizando e com ainda 20 minutos para jogar, parecia com capacidade para assegurar a vitória. A grande dificuldade continuava a ser a falta de espaços... Nas alas Pedro Teixeira e depois Carminé (também em estreia) muito raramente tinham espaço. A Carvalho faltavam aqueles 3 metros de flanco para partir para os desequilíbrios individuais e foi sempre muito castigado por entradas à queima dentro e fora dos limites da lei de jogo.
Aos 72' o S. Romão consegue um remate perigoso após ataque pela direita, saindo cruzado ao lado.
Aos 74' Rochinha coloca muito bem para Jean que numa recepção primorosa escapa a 3 defesas, passa para um Heitor isolado que atira sem muito força para um corte de um defesa. Era mais uma excelente intervenção de Jean que desde cedo se teve que encostar a Heitor na frente, tendo entrado muito bem em jogo criando muitos desequilíbrios. Foi numa dessas situação que ganhou a falta para nova grande penalidade: após cruzamento que sobrevoou toda a gente, consegue parar na linha, roda sobre si próprio e tenta ganhar o canto batendo contra o adversário, mas a bola embate na mão deste e o árbitro marca falta. Aos 77' o próprio correu para bater, escolheu o outro lado mas com o mesmo resultado: nova defesa do guarda-redes do S. Romão (a terceira!) marcando na recarga.
Aos 79' após remate de Carvalho de muito longe, o guarda-redes não segurou e Heitor conseguiu recarga difícil ao poste.
Pouco depois saia Heitor, banhado por uma salva de palmas a premiar o enorme jogo de esforço que realizou, absolutamente crucial na estratégia de jogo da equipa... sem falar nos 2 golos. De memória poderá dizer-se que ganhou mais de 90% das bolas passadas em altura para ele, quer tentando desviar de primeira quer segurando e tabelando com os companheiros. De aplaudir de pé (mesmo que existissem bancadas onde sentar).
Até ao fim foi sofrer e lutar, tentando a tranquilidade possível num jogo com estas características tão eléctricas. Aos 86' foi Monteiro que depois de colocar na direita para Carvalho, correu para receber o cruzamento devolvido e de calcanhar esteve a centímetros de marcar o golo da tarde, evitado perto da linha de golo.
No último minuto dos descontos, após canto na esquerda e primeiro remate, Jean culminou o seu hat-trick após insistência na pequena área.
Acima de tudo um jogo que permitiu aos espectadores viver uma intensidade impressionante, receber terra do campo na cara ou algumas boladas transviadas... E um jogo que mostrou um Salgueiros cheio de ALMA, pronto a arregaçar as mangas, cerrar os dentes e ir à luta, com as armas que permitem ganhar jogos nestes campos: força, resistência, tenacidade e coragem.
Com 4 vitórias a equipa começa a habituar os seus adeptos ao melhor e a exigência cresce. Em campo vê-se uma equipa que continua a crescer e que de jogo para jogo fica difícil imaginar algum obstáculo que lhe seja inultrapassável.
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