in O Jogo 09/12/11, Miguel Ribeiro
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O Salgueiros comemorou ontem 100 anos de vida e entre a missa, a 54ª Volta a Paranhos e outras cerimónias evocativas o clube defrontou o Vilarinho, em jogo a contar para a Divisão de Honra da Associação de Futebol do Porto. "Fazemos 100 anos mas temos três pontos para disputar", referiu o director Vítor Barros, não escondendo a vontade de um clube que quer regressar, brevemente, aos campeonatos nacionais.
De facto, a grandeza do Salgueiros foi visível. É maior que o campeonato onde actua, tal o número de adeptos que comparece a cada jogo e à simpatia que conserva junto da população. A bancada estava lotada e os lugares de "peão" bem compostos, trazendo à memória o ambiente vivido no desaparecido Vidal Pinheiro, uma memória à qual o presidente Carlos Abreu não quer ficar amarrado: "Não me causa qualquer estranheza que este jogo esteja a ser realizado em Matosinhos e não no Porto. Nunca vivi no passado, vivo no presente e perspectivo o futuro e tenho motivos para estar optimista."
O presidente, que está na história por ter levado o Salgueiros à Taça UEFA, acredita que "o clube pode voltar a ter um campo" no prazo de uma década - "em 100 anos, dez anos é pouco" - para que o sonho de chegar à I Divisão se concretize. Como prenda, o Salgueiros ascendeu à liderança, derrotando o Vilarinho, com um golo de Quim Ferraz aos 51 minutos, que ficará na história como o primeiro golo da primeira partida do segundo século de vida do clube.
Rui França
"Cheguei a temer pelo fim"
Rui França, actualmente treinador sem clube, foi durante 11 épocas (1982 a 1993) um dos mais emblemáticos jogadores do Salgueiros, tendo mesmo mantido a braçadeira de capitão durante longo período. "Quando o clube encerrou o futebol sénior, cheguei a temer que fosse o fim e que não estaríamos aqui a falar dos 100 anos do Salgueiros", refere o ex-jogador, que destaca "a capacidade de lutar nos piores momentos e a força de dirigentes, atletas e adeptos que permitiram o renascimento". Para Rui França, "falta apenas a subida e um campo" e, contente com os novos jogadores, deixa o alerta: "Sintam essa camisola que não é para qualquer um e representa muito para muita gente...".
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Vamos Salgueiros! Estamos mais vivos do que nunca