Líder com muita alma
in Matosinhos Hoje 16/12/09, Luís Carlos Cerdeira
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Matador Nuno Santos voltou a ser decisivo, apontando o golo do empate

Jogo Complexo Desportivo de Lavra
Árbitro: Ivan Vigário (Porto)
Lavrense, 1 - Salgueiros, 1

Dourado; Marco, Renato (Cheta, 76), Ribeiro e Faial (Nuno Ribeiro, 45); Eduardo, Álvaro e Machado (Edson, 36); Vítor Carneiro; Paulo Lopes e Nuno Santos TR: Junas

Freitas; Passos, Figueiredo, Monteiro (Paulo Barbosa, 78) e Moreira; Fábio, Gonçalo e Carminé; Artur, Heitor (Quim Simões, 68) e Diogo (Pedrinho, 62) TR: Pedro Reis

Ao intervalo: 0-1
Marcador: Artur (30) e Nuno Santos (76)
Disciplina: Cartão amarelo a Moreira (11), Freitas (26), Ribeiro (41), Gonçalo (44), Figueiredo (51), Renato (71) e Monteiro (76). Cartão vermelho a Artur (39)
Depois de ter conseguido alcançar a liderança há uma semana, no terreno do Custóias, o Lavrense tinha pela frente um grande teste, ao receber o Salgueiros 08, o anterior líder e rival directo na conquista pelo campeonato. Num jogo de nervos, a formação de Lavra acabou por conseguir assegurar um empate e mostrou querer agarrar, com muita alma, o primeiro lugar.

Eficácia encarnada
O apito deu início a um encontro marcado pelo equilíbrio, onde os jogadores lutaram pela posse bola. A cada lance, a vontade e entrega dos jogadores ficava bem patente, com o intuito de conduzir a sua equipa à vitória. Mas esta atitude combativa dos intervenientes originou um jogo duro, com muitas faltas e paragens. A balança acabou por pender para o lado do Salgueiros, que levou consigo uma vantagem de peso perante a equipa comandada por Junas: eficácia. De facto, o Salgueiros mostrou-se sempre mais incisivo nas manobras de ataque durante a maior parte da primeira parte. E foi assim que, aos 30 minutos, Artur soltou-se na direita e, rematando para o lado contrário de onde estava posicionado o guarda-redes Dourado, conseguiu dar a vantagem no marcador aos visitantes.

Expulsão de Artur
Em poucos minutos, o mesmo jogador passou de herói a vilão, quando, numa falta dura sobre Faial, foi punido com vermelho directo, deixando a sua equipa reduzida a dez elementos. O Lavrense aproveitou a expulsão do avançado salgueirista, empurrando o Salgueiros de tal maneira para a sua área, que esteve muitas vezes perto de alcançar o golo.
Com menos um jogar no ataque do Salgueiros, o Lavrense pôde respirar um pouco mais de alívio na segunda parte. A equipa da casa conseguiu ter mais posse de bola e mais liberdade para organizar jogadas a partir do meio-campo. Apesar disso, os jogadores do Salgueiros não se inibiram e, aproveitando a falta de criatividade e eficácia na frente de ataque lavrense, conseguiram formar uma muralha defensiva quase impenetrável.

Explosão de Nuno Santos
Na entrada para o ultimo quarto do jogo, Nuno Santos surpreendeu tudo e todos, protagonizando dois lances perigosíssimos na área, em apenas três minutos, tendo falhado sempre por muito pouco. Mas, como diz o ditado popular, à terceira foi de vez. Num lance de bola parada, o avançado conseguiu subir mais alto que todos e cabecear a bola para o fundo da baliza, obtendo o golo que selou o resultado do jogo. Se o encontro estava animado até este momento, a partir daqui ficou ainda mais emotivo, com os jogadores a procurarem a vitória. O Salgueiros saiu da sua redoma e correu o risco de atacar com menos um elemento. O Lavrense não ficou de pé atrás e seguiu o exemplo, com o trio Nuno Santos, Paulo Lopes e Álvaro a moer a cabeça dos defesas salgueiristas.

Final sangrento
Jogada atrás de jogada, o encontro foi ficando mais duro. De tal maneira, que o defesa Monteiro foi obrigado a ser substituído, depois de ter ficado com o sobrolho completamente ensanguentado, num lance mais duro. Nuno Santos também acabou o jogo magoado, saindo para os balneários com o nariz a ferido. Com o apito final de Ivan Vigário, árbitro que sentiu muitas dificuldades para segurar o encontro, o empate acabou por ser mais doce para o Lavrense, que, assim, continua a gozar o doce sabor da liderança.

Um milhar de adeptos - Jogo grande deu casa cheia

Quem entrava para o Complexo Desportivo de Lavra, via-se rodeado de pessoas do Lavrense e do Salgueiros que aproveitaram a tarde de domingo para assistir ao duelo entre os principais candidatos ao primeiro lugar do campeonato. A bilheteira estava apinhada de pessoas. Com o início da partida contaram-se cerca de 1000 adeptos que, sentados na bancada ou assistindo de pé, se reuniram para ver mais um duelo do desporto-rei.

Correcção - Um autogolo
Tal como um jogador falha um penálti, também, por vezes, um erro de comunicação pode originar leituras erradas. Isto para dizer que, na edição anterior, ficou subentendido que quatro jogadores do Lavrense teriam salários em atraso, o que não corresponde à verdade. Um autogolo, do qual nos penitenciamos, mas que acontece aos melhores.

Arnaldo Martins
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