O Salgueiros somos nós
A recente reportagem na Liga dos Últimos sobre o nosso clube não deixa ninguém indiferente.
Da boca de um sócio do Salgueiros, que afinal era só simpatizante ou no instante seguinte benfiquista, (mas sempre salgueirista), saiu a sentença: “o Salgueiros somos nós”. Mais profundo do que aparenta...
Não ficando amarrados à nomenclatura, uns quantos milhares voltaram a ter Salgueiros e a ser Salgueiros. Mais do que o 08 ou do que o Comércio, que a fénix ou a águia, o que distingue e sempre distinguiu este clube foram os seus adeptos, e esses mostraram que continuam vivos e fiéis. Esses, mais os 6 milhões de simpatizantes (um ilustre salgueirista garante-me a veracidade deste número) que se fizeram ouvir nos últimos dias... mensagens de apoio, regozijo e votos de sucesso choveram de todos os quadrantes e sob todas as formas. Um reconhecimento merecido ao clube e sobretudo às suas gentes, porque são estas que fazem o Salgueiros ser Salgueiros.

Os salgueiristas são populares, são portuenses, são de Paranhos e são de todo o mundo. Tanto são exclusivos, como repartem outras simpatias, pouco importa. Podem trocar o Vinha pelo Fernando Almeida como herói na salvação de uma descida de divisão, mas conhecem-se todos uns aos outros pelo nome próprio: lembram-se da D. Fernanda ou do Celso, não estranham ver o Mário Reis na bancada ou percebem a necessidade do 'Rato 'em ir buscar cerveja para ter energias para o bombo. São respeitosos e simpáticos, mesmo até ao instante anterior em que insultam o árbitro, com o vernáculo mais dilacerante, carregado de pronúncia nortenha ensinado pelas ruas de Paranhos. São diferentes ao encarnarem um bairrismo regional, com génese nessa freguesia que albergava Vidal Pinheiro, que foi caindo em desuso noutros sectores, mas que espelha o que de mais genuíno tem um povo... um povo com identidade, própria e orgulhosa, esculpida em vidas sofridas e sofredoras.
Os salgueiristas ficaram com a lagrimita ao ouvir o hino neste Sábado, 27 de Setembro de 2008, Sábado do regresso, sem se preocuparem se era o 08 ou o 09 em campo, ou se a forma foi a mais correcta para chegar ao objectivo. Querem esquecer quem tão mal fez ao seu Salgueiros e o deixou partido e maltratado. Como o Salgueiros são eles, o essencial foi que voltaram a estar juntos, a vibrar e a sofrer. Reviram-se caras e abriram-se corações. Mataram-se saudades e acarinharam-se esperanças. Reviveram-se momentos passados e imaginaram-se a desfrutar momentos futuros, de um futuro já bem próximo, Domingo pós Domingo. Só não foi preciso reanimar Almas, porque esses nunca fraquejaram.

Meus caros, contem a boa nova aos vossos amigos e conhecidos salgueiristas que andam afastados - se o Salgueiros somos nós, eles são o Salgueiros e o Salgueiros são eles - como podem manter-se afastados? Como dizia um salgueirista de muitas primaveras vividas “quando está na mó de baixo é quando acompanho mais”. O Salgueiros renascido será tanto mais Salgueiros quantos mais forem os salgueiristas unidos em torno dele – unidos em torno deles próprios.

Domingo é em Vilar do Pinheiro, Vila do Conde, às 15:00h. Estejam lá.
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